Com a "trash TV", o que vai ser o Canal 2? Na "rentrée" televisiva que hoje arranca: - o Big Brother volta com a intenção de "pôr tudo a nu" (ao Socioblogue deixo esta pérola: "Mais que um programa de televisão, o Big Brother continua a ser uma experiência sociológica, retrato e denúncia da sociedade que somos e vivemos diariamente. Afinal, a vida em directo"); - as bateriais "jornalísticas" vão voltar-se para a sordidez da pedofilia, com o início do julgamento dos presumidos implicados no escândalo da Casa Pia; - um apresentador vai pegar um touro pelos cornos, em directo e por razões humanitárias; - um político-comentador vai procurar brilhar sozinho para onde possa dispor de mais margem estratégica e táctica; - os telejornais continuam penosamente a estender-se por períodos que variam entre uma e duas horas (ainda ninguém se lembrou de meter nisto o Guiness Book of Records?) Numa "saison" de tanto "frisson", vale a pena estar atento ao que se prepara para o Canal 2 da RTP. Dentro de dias, conheceremos o plano em pormenor, incluindo o novo nome com que a criança será rebaptizada. Ficam, para já, as indicações fornecidas por Manuel Falcão, responsável do projecto, numa entrevista dada à Visão de 14 deste mês: - O novo canal arranca na última semana de Outubro; - Vai ter a componente documental reforçada; - Mais produção documental portuguesa incidindo na língua, cultura e história; - "Externalização" de toda a produção; - Muito mais programas sobre as artes cénicas; - Telejornal mais breve e informativo; - Quatro blocos diários de programas para a infância; - Dois espaços de cinema por semana; - Magazine diário sobre informação cultural; - Novo programa de entrevistas; - Extinção do "Acontece" e de "O Lugar da História" - Continuação de "Por Outro Lado" e "2010" e a "Univ. Aberta". Direi em breve alguma coisa sobre a filosofia do canal e aspectos do seu financiamento.
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