Tudo tem um fim ... e um significado Vão caindo uns atrás dos outros, todos do mesmo modo: primeiro o Acontece, na RTP2; agora os programas de debate Flashback e Grande Júri, na TSF; e corre já um abaixo-assinado contra a extinção do Feira Franca, na RDP. (Sobre este último, alerta o texto do abaixo-assinado que "querem matar o único programa de rádio que todas as semanas percorre uma terra de Língua Portuguesa. E que, em directo integral e ao vivo, viaja sons, músicas, sonhos, projectos, artes e sabores da Lusofonia. E que... é uma festa (num largo ou numa praça) sempre com muita gente à volta. E que... dá a palavra ao Portugal que habita fora dos grandes centros de decisão política e económica. E que... assume os valores das terras e das gentes, misturando canções da etnografia, com os acordes das bandas, os sons eruditos, o rock ou o jazz, as vozes dos corais, as palavras da poesia popular e os gestos das artes tradicionais...".) Como se disse relativamente ao Acontece, também no caso da TSF o novo director, José Fragoso, anuncia, no Público, que "os dois programas vão dar lugar a outros também informativos com protagonistas e formatos diferentes". É provável que assim venha a suceder. Mas é estranha, do ponto de vista da estratégia das instituições em causa, esta prática, que parece estar a tornar-se hábito, de exterminar sem nada em troca, a não ser uma vaga promessa de que algo virá em substituição. "Com novos protagonistas", claro! Tudo tem um fim. É duro aceitá-lo, mas é a lei da vida. Mas tudo tem também um significado. Também é a lei da vida.
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