Jornalistas portugueses atacados no Iraque Afinal, a violência no Iraque acabou por atingir não os soldados, mas os jornalistas portugueses. Felizmente que não há mortos a registar. Maria João Ruela, da SIC (foto ao lado; créditos: LUSA), está fora de perigo e a ser tratada aos ferimentos numa perna e Carlos Raleiras, da TSF, embora nas mãos dos raptores, estará, aparentemente, dependente do pagamento do resgate exigido. A agência Lusa adianta, entretanto, que o Governo, através do Ministério da Administração Interna [Administração Interna?] anunciou ter pedido às autoridades norte- americanas e britânicas "todo o apoio possível" na procura do jornalista da TSF raptado. Acrescenta também que o Sindicato dos Jornalistas recorreu a organizações profissionais de âmbito internacional para encontrar um intérprete que possa ajudar nos contactos com os sequestradores. Por sua vez, o site Portugal Diário revela que o Governo tem pronto um avião e uma equipa médica para ir buscar a jornalista Maria João Ruela, logo que os médiocs que a tratam o considerem oportuno. É fácil comentar o caso à distância e sem conhecer os pormenores que estão por detrás da decisão da dos diversos jornalistas portugueses de avançar para o território iraquiano com uma coluna de três jipes sem qualquer tipo de escolta militar. A verdade é que um jornalista da RTP, que integrava o grupo, reconhece agora que "talvez tenha sido uma imprudência entrar no país sem segurança". Carlos Vaz Marques, no Outro-Eu: "(...) Como muito bem explica Adelino Gomes no prefácio ao livro "Por dentro das guerras", de Mário Rui de Carvalho, acabado de publicar, não há repórteres de guerra em Portugal. Há repórteres à mercê do acaso, da sorte ou da providência divina, para quem puder acreditar nela. A diferença entre os nossos repórteres da sorte e verdadeiros repórteres de guerra, como o veterano Mário Rui de Carvalho, é a preparação e o treino específico (...)".
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