"A mentira na primeira página" Eduardo Jorge Madureira escreve, hoje, na sua coluna no Diário do Minho sobre o desplante da mentira no jornalismo. Deixo a abertura e o fecho: "O texto, seco e breve, estava impresso na página nove do jornal "24 Horas" do dia 24 de Julho de 2003. Para a história do jornalismo, ficava registada uma consideração antológica assinada pelo director do diário: "Pode acontecer darmos uma notícia falsa, mas ela resultará de um erro, não de má-fé. Jardel, Fonseca e Costa e Moita Flores foram vítimas de erros nossos, na capa. Voltaram, no dia seguinte, à primeira página e, com o mesmo destaque, foi feita a correcção desses erros. Este é o carácter 24 Horas".(...) Não é preciso haver fontes envenenadas e profissionais sem escrúpulos para haver mau jornalismo. Uma fonte um pedacinho turva e um jornalista incompetente ou preguiçoso bastam para inquinar a informação. É por isso que, nos tempos que correm, os leitores precisam de tomar especiais cautelas. Precisam de saber que, para estar informado, é preciso bastante mais do que espreitar as primeiras páginas nas montras dos quiosques. E, além disso, precisam de interrogar o que lêem na imprensa — e, claro, o que ouvem e vêem nos outros meios de comunicação social."
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