O Plano Marshall dos cérebros Os esforços de Washington para seduzir o mundo árabe são imensos. E aqui o campo mediático joga um papel central. Assim não é de admirar que esteja a ser preparado um canal televisivo, sustentado pela Casa Branca, com o objectivo de melhorar a imagem americana junto dos árabes. Segundo o "Le Monde", "Comme Radio Sawa, qui couvre presque tout le Maghreb et le Proche-Orient, ce projet télévisuel ambitionne, à partir des Etats-Unis, de redorer l'image de l'Amérique". Ainda de acordo com o mesmo períódico, o Congresso americano é o financiador de uma revista especialmente direccionada a jovens. Chama-se "Hi" e "n'est pas un titre comme les autres. Il est financé par le Congrès américain (avec un budget annuel estimé entre 3 et 4 millions de dollars) et édité à Washington sous le contrôle direct du département d'Etat". Segundo uma publicação árabe - Al-Ahram Hebdo, citada pelo Le Monde,está em curso o Plano Marshall dos cérebros, através de uma campanha mediática destinada a promover a imagem dos Estados Unidos, atenuando o sentimento anti-americano que inundou o mundo árabe. Arquivo público para a televisão José Carlos Abrantes alerta no Público de hoje, para a necessidade da constituição de um arquivo público para os conteúdos televisivos, perguntando: "E se não houvesse uma Biblioteca Nacional para construir a memória da escrita de um país? E se não houvesse uma hemeroteca para conservar a memória da imprensa? E se não houvessem arquivos históricos como o da Torre do Tombo?". Aproveitando esta "deixa" de José Carlos Abrantes, e na sequência de outras intervenções no mesmo sentido, porque não um arquivo de toda a matéria digital que, todos os dias surge no ciberespaço e que, inariavelmente, todos os dias se perde sendo impossível a sua recuperação?