Polémica no Brasil: leitura prévia pelos médicos O Conselho Federal de Medicina (CFM) do Brasil aprovou recentemente uma resolução que tem vindo a gerar grande polémica nos meios jornalísticos: num dos seus pontos estabelece que os médicos estão obrigados a exigir dos jornalistas a quem concedam entrevistas a revisão prévia do texto a ser publicado. Esta norma, que tem força de lei, decorrente do estatuto do Conselho Federal, tem vindo a ser interpretada, de facto, não como uma forma de acautelar o rigor da informação sobre assuntos médicos, mas uma "licença prévia de publicação. O presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo escreveu, numa carta dirigida ao presidente daquele Conselho Federal, que o novo preceito, para além das implicações éticas que encerra, não é compaginável com os condicionalismos do trabalho jornalístico, nomeadamente o ritmo de produção das reportagens e a audição de diferentes pontos de vista. Entretant, numa reunião realizada ontem entre a CFM e diversas organizações jornalísticas, o CFM ter-se-á disponibilizado para rever a resolução, sublinhando o seu presidente que o espírito da norma foi "evitar que alguns maus médicos dêem entrevistas e depois não se responsabilizem pelo que declaram". anunciando "tratamentos cuja eficácia científica não está comprovada"
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