H. Gans: "abordagem das perspectivas múltiplas" no jornalismo Uma entrevista a um dos mais conhecidos investigadores do campo jornalístico é sempre um acontecimento. Nem que seja para verificar em que medida as posições fundamentais do autor se mantêm. Como é o caso da "abordagem das perspectivas múltiplas" à relação jornalismo-democracia, um dos tópicos da entrevista que acaba de dar a Jay Rosen, no blog PressThink (dica de Pontomedia): "I still believe that what I called a multiperspectival approach is vital for journalism and democracy (...). If the de facto main day to day democratic role of journalists is to report what the top elected officials are telling the citizens (what I think of as "top down" journalism), then only that perspective is needed for political and related stories, or when there is controversy or conflict, that expands to "both sides." The solo perspective also leads to rhetoric about that collectivity, "the nation." If you believe, however that journalists should also inform citizens about such subjects as the country's political diversity, the politically relevant activities and ideas of their fellow citizens, and what issues are concerning these citizens (which our elected representatives also need to know) then journalists need to be multiperspectival: to encompass all the important viewpoints from people with different values, interests, incomes, etc." Se uma tal perspectiva tivesse sido aplicada na cobertura da guerra do Iraque, isso teria significado, do ponto de vista de H. Gans, que os cidadãos norte-americanos teriam tido acesso a aspectos que não conheceram. Isso não teria provavelmente originado uma mudança na política da Administração de Bush (uma vez que "we are currently governed by an ideological party which sees only its own perspective while demonizing all others"), mas isso teria tido um "efeito cumulativo", ou seja, visível em mudanças de atitude e posição da opinião pública a médio-longo prazo.
0 resposta(s) para “”
Responder