Federação Europeia apoia jornalistas portugueses A pressões judiciais para que os jornalistas Paula Marinheira (DN) e Manso Preto (freelance) revelem fontes de informação motivaram um comunicado de solidariedade da parte da Federação Europeia de Jornalistas, hoje dado a conhecer pelo Sindicato português do sector. A FEJ considera que estes casos em Portugal reflectem uma tendência crescente das autoridades de toda a Europa para assediar jornalistas de investigação, de que são exemplo o Reino Unido (Bill Goodwin, David Kelly), a Bélgica, a França, o Luxemburgo, a Alemanha e a Dinamarca. “Se as pessoas conseguirem asfixiar o jornalismo de investigação legítimo, isso será devastador para a liberdade de imprensa e para a democracia”, afirmou Gustl Glattfelder, presidente da FEJ. “Por todo o lado vemos as autoridades a tentarem forçar os jornalistas a revelarem com quem falaram e onde obtiveram a informação”, diz Glattfelder. “É uma tendência escandalosa que mina a liberdade ética e profissional na Europa. Se os jornalistas quebrarem as regras da confidencialidade, as suas fontes vão desaparecer e a derrotada será a democracia.” A FEJ relembra que o Conselho da Europa adoptou a Recomendação No. R (2000) 7 Princípios relativos ao direito dos jornalistas a não revelarem as suas fontes de informação (8 Março 2000), que reforça o direito dos jornalistas a não divulgarem as suas fontes.
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