Independência da TVE é motivo de polémica Em plena campanha eleitoral para as legislativas, a Espanha assiste a uma acesa polémica por causa da (falta de) independência da sua televisao pública. Os socialistas queixam-se do alegado favorecimento e manipulaçao da cobertura do principal canal televisivo a favor do PP, enquanto que um dos vice-presidentes do Governo de Aznar propoe, em resposta, a construçao de um "monumento nacional à imparcialidade e professionalismo" da TVE e do seu director de Informaçao, Alfredo Urdaci. Ora é precisamente este director que tem sobre si uma condenaçao judicial precisamente por manipulaçao da informaçao, facto que levou, semanas atrás, o Conselho da Europa, a considerar a TVE como um exemplo da influência do poder político na radiodifusao. Também o influente El País dedicou esta semana a Urdaci um editorial, sublinhando que seria "inimaginável" no Reino Unido ou na França um director de informaçao continuar transquilo no seu posto depois de ter sido condenado judicialmente por manipulaçao. E perguntava, a este propósito, na sua parte final: "Tem algo a dizer sobre este assunto o novo líder do PP?". Entretanto, o Conselho de Administraçao da TVE rejeitou a constituiçao, no interior do operador público, de um Conselho de Informaçao, há dias decidido pelos jornalistas, considerando que se trata de "um falso sistema de representaçao, â margem dos Estatutos" da empresa. A criaçao deste Conselho, votado por 506 dos 1200 profissionais da informaçao, foi decidida precisamente para instituir um mecanismo de vigilância interna, do tipo dos conselhos de redacçao portugueses. Para funcionar, precisaria do reconhecimento e aceitaçao do órgao máximo da empresa. Anote-se que esta decisao dos jornalistas nao foi pacífica entre os sindicatos. A UGT acusou a iniciativa de ter sido tomada por um grupo de independentes apoiados pelas Comisiones Obreras e disse que uma iniciativa com fins idênticos estava a correr os seus termos no interior da empresa. Consideou ainda que a decisao de avançar para a criaçao do Conselho contrariou o parecer do Comité Geral Intercentros, que representa nao apenas a redacçao de Madrid mas também das difrenetes delegaçoes do Estado espanhol.
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