Ipsis Verbis Santana Lopes, no DN: "(...) não é democracia, e sabe a ditadura, que um líder parlamentar de um partido dê uma opinião sobre a matéria mais em foco nessa semana, na agenda política, só que por essa opinião favorecer a pessoa mais atacada, não é divulgada por um dos órgãos de comunicação social a quem a entrevista foi concedida. Como também tem muito pouco sabor a democracia que existam artigos num jornal, sempre com base em fontes governamentais (ou partidárias), não identificadas, a ofender e caluniar pessoas. (...) Como sabe pouco a democracia, e muito a ditadura, escrever-se um artigo e porem-lhe uma introdução pouco abonatória, sem nada a ver com o conteúdo do artigo, feita pelo órgão de comunicação em que a prosa é publicada. E tudo isto se passa em Portugal." Pacheco Pereira, no Público: "(...) Onde eu penso que a "Focus" não tem razão é no facto de considerar que Carrilho "pondo-se a jeito", e usando a sua vida privada para a política, justifica que se caminhe no mesmo sentido, revelando factos que lhe são hostis, raciocinando que "já que usas os bons e abres a porta, tens que te haver com os maus". É um terreno movediço e que penso inaceitável". "Colunas de boatos e mexericos nas revistas de televisão e cor-de-rosa e em jornais como o "24 Horas" estão todos os dias num perigoso limiar que já há muito ultrapassou a privacidade para se encontrar às portas da intimidade. Processos como o da Casa Pia ajudam a banalizar as violações da vida privada e íntima, que, agora, ainda tem o pretexto do crime pedófilo, mas que criam hábitos e normalidades onde se devia continuar a ver interditos de bom gosto e civilização, já para não falar de questões de legalidade. Uma fronteira invisível de interditos vai sendo assim todos os dias empurrada para uma selvajaria total."
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