Cresceu em dez anos o número de leitores de diários Tinha-me escapado uma peça da jornalista Catarina Frazao, intitulada "Jornais diários ganham 107 mil leitores em dez anos", publicada no Diário Económico de sexta-feira. Aqui fica a parte dos dados divulgados. "Os matutinos aumentaram em 24,5% o número de leitores desde 1993. Na última década, os compradores de jornais diários aumentaram 24,5%, ou seja, passou a haver mais 107 mil leitores em Portugal desde 1993 até agora. Segundo dados da Associação Portuguesa de Controlo de Tiragem (APCT), os jornais generalistas Correio da Manhã e Jornal de Notícias foram os que verificaram um maior aumento, 40 mil e 35 mil leitores respectivamente, um aumento percentual em cerca de 50%. O Diário de Notícias, obteve mais 12.217 compradores até ao ano de 2003, um aumento de 33%. O jornal Público é o único diário que manteve o número de leitores constante ao longo da última década, registando apenas um pequeno acréscimo de leitores, cerca de 3%. Por seu lado, A Capital e O Comércio do Porto, jornais de grande implantação em 1993, foram os únicos diários a diminuírem as suas vendas de forma drástica (ver quadro). O aparecimento do tablóide 24Horas, em 1998, e o reforço da liderançado Jornal de Notícias e do Correio da Manhã, levou a que houvesse uma transferência de leitores dos dois diários. A Capital, na altura o único vespertino, passou de 41 mil leitores, em 1993, para perto de 6 mil em 2003, uma queda de 86%. Já O Comércio do Porto perdeu 65% do seu público, principalmente para o JN. Em relação aos jornais desportivos, O Jogo foi o que angariou mais leitores nos últimos dez anos, quase que dobrando o número de compradores (97%). Quanto ao Record, apesar de um menor aumento, também registou uma subida significativa, à volta de 26 mil novos leitores (31%). De notar que não foi possível apresentar os dados relativos ao desportivo A Bola por não ser membro associado da APCT." É certo que se regista um crescimento significativo de jornais como o Correio da Manha e Jornal de Notícias. Mas é indesmentível o peso da imprensa gratuita e dos diários desportivos (um caso que merecia um estudo aprofundado e uma análise comparativa com o que se passa noutros países). Por outro lado, nao parece preocupar muito os comentadores - responsáveis de pelo menos dois dos jornais portugueses de referência, citados na notícia, o facto de os segmentos de leitores mais jovens estarem aparentemente cada vez mais afastados do hábito da leitura de diários.
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