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Novos proletários do jornalismo A jornalista no desemprego continua a procurar...emprego. Queixava-se, na sexta-feira: "Há muito que não sai um único anúncio que diga "Jornalista - Precisa-se". Eis que, no sábado, depara, nos classificados de um jornal, com o anúncio para "jornalista / produtora de conteúdos"! "Um oásis no deserto das oportunidades de emprego!!!" - exclamava. A candidata ao exercício da profissão dá ideia de andar longe dos comentários que, a propósito do seu caso, e, sobretudo, do caso dos bloggers do "Diário de um Jornalista", se têm levantado, nomeadamente no Ponto Media e no Contrafactos e Argumentos. Que há empresas sem escrúpulos, que se estão nas tintas para a deontologia jornalística, não será grande novidade (embora me pareça que estamos longe de ter uma noção aproximada da amplitude do fenómeno, não apenas nas redacções de pequenos media). Mas já é novo, e merecedor de atenção, que apareçam os novos proletários do jornalismo, a justificar a publireportagem como uma atribuição não problemática da profissão ou a sugerir que a forma de arranjar trabalho é deixar-se explorar, ou, talvez ainda pior, a aceitar fazer "trabalho sujo", desde que devidamente pago. Aqui as novidades são pelo menos duas: que essas posições sejam escarrapachadas com todas as letras e que não se vislumbre uma ponta de, digamos assim, interrogação, dúvida ou má-consciência (a não ser o lamento-revolta provocado pelo stress, pelas excessivas horas de trabalho e pelos fracos proventos que desse esforço se tiram). Eu compreendo que haja quem, vendo-se em situações difíceis, corra os riscos da exploração, porque não tem ou não vê alternativa. E, deste ponto de vista, sou levado a recusar o purismo de posições que, em nome dos princípios, levam a ser juiz de casos individuais. O que já me parece preocupante é que os princípios que fundam a profissão estejam ausentes das inquietações partilhadas (e agora assumidas e publicadas). Aparentemente, estes colegas, que trabalham num jornal, assumem-se, acima de tudo, como "produtores de conteúdos". Ou não será? Eu gostava que este debate se mantivesse aberto, porque podemos correr facilmente o risco de matar quase à nascença aquilo que é o mais interessante que pode ocorrer, quando a polémica se instala: aprendermos todos com a experiência e as reflexões de um lado e de outro.


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