Que RTP? João Lopes escreve, no DN de hoje: "(...) qualquer evolução do tecido televisivo português passará sempre pela serena demarcação da RTP em relação às opções de fundo dos canais privados. Seria, no mínimo, uma prova elementar de respeito pela inteligência de cada um de nós não fugir ao sentido radical de tal questão. Que é como quem diz: pelas opções de programação da RTP decide-se a própria diversificação do audiovisual português, bem como a sua articulação (artística e económica) com muitos outros sectores da actividade cultural, incluindo, obviamente, o cinema. Há dias, na RTP1, promovia-se o jogo Portugal-Itália, citando a respectiva transmissão como futebol de serviço público. Não sou propriamente um nostálgico das arbitrariedades do nosso PREC, feitas em nome da direita e da esquerda. Mas dá que pensar a 'normalidade' institucional de uma expressão como essa, impossível nos anos imediatamente posteriores a 1974. Dá para ver, sobretudo, como as televisões (com a participação militante da RTP) geraram um novo espaço cultural em que o futebol é a matriz dominante de espectáculo e informação, sendo os seus protagonistas tratados como personagens principais do todo social.(...)".
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