"A Folha" despede e não noticia Apesar de ter andado nesta semana por terras brasileiras, só hoje pude ler a coluna de domingo do ombudsman da Folha de São Paulo, Marcelo Beraba. E as notícias que ele nos trouxe não são animadoras. Tomando por pretexto a dívida de 290 milhões de reais, a Empresa Folha da Manhã, que edita a Folha, despediu cerca de 200 dos quase 1.300 funcionários das várias publicações do grupo, o que representa um corte de 18% das despesas com pessoal. Na Redação da Folha, principal título da empresa, foram demitidos 35 jornalistas. "Diferentemente de outros cortes, salienta Marceo Beraba, esse atingiu a elite do jornal. Foram demitidos cinco editores, um fato inédito na história da Folha se consideramos apenas cortes por razões financeiras. Entre os demitidos (agora ou no futuro próximo), estão vários jornalistas com mais de 20 anos de profissão e com especializações em áreas complexas, como ciências, saúde e economia". A questão também levantada pelo ombudsman é que a Folha não noticicou nada disto. Os interessados na informação tiveram de a ir procurar noutro sítio. Ora: "O jornal, que tem a obrigação de cobrir as crises dos governos, das empresas públicas e das empresas privadas, optou por não soltar nenhum comunicado oficial, e isso é um erro. A sociedade reivindica, cada vez mais e com razão, transparência por parte dos meios de comunicação. A saúde financeira dos jornais interessa aos seus leitores porque está em jogo a independência e a credibilidade desses veículos que eles escolheram para comprar, se informar e interagir."
0 resposta(s) para “”
Responder