Há uma "central de desinformação", alerta Pacheco Pereira Pacheco Pereira considera, no Abrupto, que está a funcionar uma "central de desinformação" a favor da estratégia de Santana Lopes no PPD/PSD. O caso mais recente de manipulação dos media teria sido a versão do que se passou no Conselho Nacional do Partido, anteontem realizado. Mas há outros casos, como a tentativa de envolvimento de Cavaco Silva e, sobretudo, a informação sobre as alegadas expectativas que Jorge Sampaio teria dado a Durão Barroso, de que em nenhum caso haveria lugar a eleições antecipadas.Isto só vem confirmar algo a que aludi aqui, num post de anteontem, que, curiosamente, ninguém quis comentar. As televisões e alguns jornais foram peremptórios acerca da intervenção da ministra das Finanças: pediu desculpas por ter falado em "golpe de Estado no Partido", justificando com o "calor" do momento. Ainda hoje isso é repetido no "Público": "As únicas vozes críticas no conselho nacional foram Miguel Veiga e Manuela Ferreira, que pediu desculpa por eventuais excessos ao acusar Durão e Santana de prepararem "um golpe de Estado" partidário". Em declarações à Rádio Renascença, citadas no site da SIC Online, pode, entretando ler-se, hoje: "Manuel Ferreira Leite afirma que votou contra o nome de Santana Lopes para a presidência do PSD. A ministra das Finanças desmente ainda que tenha pedido desculpa ao autarca de Lisboa e mantém a opinião de que a substituição directa de Durão Barroso por Santana é um golpe de Estado no partido". O comentário de Pacheco Pereira, no Abrupto, é peremptório: "Como se viu com a forma como foi "relatada" aos jornalistas a intervenção e o voto de Manuela Ferreira Leite no Conselho Nacional, já se percebeu como está a funcionar uma estratégia de "informação", ou seja, uma central de desinformação. Coordenada, organizada e intencional, destinada a obter efeitos políticos imediatos. Os jornais foram manipulados para contarem mentiras. Manuela Ferreira Leite nem pediu desculpas, nem votou Santana Lopes". O outro caso foi a tentativa de legitimar Santana Lopes com o nome de Cavaco Silva. O assunto mereceu destaque em "O Independente", ao dizer, em título de primeira página que o "novo líder do PSD recebe aval de Cavaco". A resposta não se fex esperar e não deixa lugar a dúvidas. Em declarações ao "Expresso" de hoje, o ex-primeiro ministro afirma: "«Desminto categoricamente». E considera «desonesto» que o seu nome esteja a ser usado em «jogos políticos». Finalmente, Jorge Sampaio viu-se já obrigado a desmentir de forma categórica, e por mais de uma vez, que tenha havido quaisquer expectativas ou compromissos ou negociações, nos contactos com o ainda primeiro ministro. Visando directamente a câmara de eco deste tipo de manobras, Pacheco Pereira dirige-se aos jornalistas, para lhes lançar um desafio: "Está na altura dos jornalistas fazerem aquilo que sempre disseram que fariam quando as suas "fontes" deliberadamente mentem: denunciar os seus nomes".
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