O ruído do silêncio "Há momentos em que o Presidente da República tem que saber estar calado". O presidente da República a falar em 12.10.2004 1. No princípio (desta "crise") foi o silenciamento. De Marcelo. Depois, veio o medo do silenciamento. De outros: no passado, no presente, no futuro. A seguir instalou-se o silêncio. Das televisões, em primeiro lugar. Superada a "crise", o problema foi-se. As TV's não falam, logo não há problema. É o silêncio. 2. Marcelo calou-se. Calculista. O silêncio não tem de ser o contrário da fala, mas uma outra maneira de falar. Uma espécie de oráculo que intervém sem dizer nada, depois de se ter desbordado em palavras, durante mais de quatro anos. 3. Sampaio fala para dizer que deve estar calado. Diz que a inclinação que sente é para falar (sobre as "ameaças" veladas de Santana), mas que o seu comentário é precisamente o silêncio (de quem está incomodado). 4. Ruidosos silêncios, pois. Jogos de sombras. Guerras de silêncios e bastidores. Sinais da fragilidade da nossa democracia.
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