Sobre a manchete da última edição do "Expresso" Quais as fontes que conferiam suporte à manchete do "Expresso" de sábado, sobre a existência de um "pacto secreto Santana-Portas"? Na peça aparece vagamente citada uma "fonte próxima do primeiro ministro". De resto, quem dá a cara são as jornalistas que assinam o trabalho (Ângela Silva e Sofia Rainho) e, evidentemente, o próprio jornal. Os dois partidos envolvidos desmentiram categórica e formalmente o pacto - o que, em si mesmo, não garante que a informação do "Expresso" seja falsa. Entretanto, Vasco Pulido Valente escreveu no domingo, no "Diário de Notícias" que esta informação do semanário de Balsemão constitui uma "invenção irresponsável" e "uma mentira" "provavelmente fabricada por um inimigo de Santana". Por sua vez, Luís Delgado escreve, ainda no DN, que "não sendo um pacto, nem secreto, a verdade é que se nota uma movimentação activa, que vem de dentro de alguns sectores do PSD, os normais «has been», com tradicionais aspirações conspirativas, e compulsões destruidoras". O "Expresso" pode ter sido involuntariamente utilizado ou ter sido conivente ou estar bem informado. Resta aguardar pelos desenvolvimentos. Aquilo que, contudo, não deixa de ser sintomático é que se questione a veracidade da informação e quem possa estar eventualmente interessado em que essa informação circule e ninguém se atreva, aparentemente, a questionar o comportamento do "Expresso" que a veicula. A ser verdade, isso diria muito do estatuto de credibilidade em que é tido esse semanário.
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