Sobre o frente-a-frente Santana-Sócrates Para além daquilo que tem sido dito sobre o debate de hoje à noite, há dois aspectos que vale ainda a pena acentuar. Um é que o formato encontrado vai pôr à prova faculdades que não têm sido comuns em Portugal, em debates desta natureza, nomeadamente quanto ao tempo de resposta e de réplica. Não vai haver aquele conhecido bordão "Se me deixar falar, eu explico...", mas, por outro lado, vai ser necessário cuidar e gerir muito bem cada resposta. Não me parece que, depois do que se passou nos últimos dias, haja "golpes sujos", mas não seria de admirar se surgissem "rasteiras" ou jogadas para tentar levar o adversário ao "tapete". Em todo o caso, incluo-me entre os que acham que este debate não será decisivo. Sê-lo-ia, porventura, se estivéssemos na parte final da campanha e num contexto de equilíbrio de previsões de resultados. O outro aspecto refere-se ao papel do Clube de Jornalistas. Não sei se as várias explicações que a Direcção tem dado no respectivo site quanto ao processo que conduziu a esta iniciativa e ao "espírito" e objectivos que lhe subjazem indiciam divergências de pontos de vista entre os associados. O que é certo é que o Clube inaugura uma forma de intervenção que é susceptível de ter continuidade e até novos desenvolvimentos, para além do quadro das campanhas eleitorais.
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