Como vai o estado de alma das redacções Lembro-me perfeitamente da experiência deprimente que foi a minha primeira visita à Redacção onde trabalhei, uns bons meses depois de a ter deixado. Antigos camaradas não não paravam de se lamentar acerca das condições em que exerciam o métier. Demorei bastante a regressar lá. Voltei a recordar esta experiência ao ler o texto da semana passada de Tim Porter, intitulado The Mood of the Newsroom. Comentando a experiência de entrevistar nas redacções centenas de jornalistas, ao longo dos últimos 18 meses, Porter conclui: "The amount of anger and hostility, of distrust and suspicion, of inertia and ennui that pollutes the journalistic environment in these newsrooms at first surprised me". O autor sistematiza as queixas num rol extenso, que apresenta assim: "Here is the litany of shame that echoes in newsroom after newsroom: * We don't have the money. * We don't have the time. * We don't have the people. * We have lousy editors. * We have lousy reporters. * We can't communicate. * We don't talk. * We don't listen. Things were better when ? * We had more people. * We zoned. * We didn't zone. * We had more money. * So-and-so was editor. * We did more (name your beat) reporting. * We did less (ditto)." O post não se limita, contudo, aos lamentos e desgraças. Aponta o que de novo está a emergir, o que faz do longo texto uma interessante peça de reflexão e debate. Nos mais de 400 textos que Porter já escreveu no Firts Draft, poucos suscitaram a onda de comentários que este motivou. Di-lo ele numa nova entrada datada de ontem. E por cá? Em que estado de alma se encontram as redacções? Que (des)motivação? "Quid novi"? Que sinais de novidade?
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