A Lusa e a a editoria de Media e Cultura A Direcção de Informação da Lusa decidiu extinguir a editoria de Media, Cultura e Espectáculos, embora garanta que a agência "vai continuar a acompanhar a actividade cultural portuguesa". "Não há nenhuma alteração de substância, mas apenas uma mudança na organização interna da Lusa", segundo uma fonte da direcção de informação hoje citada pelo "Diário de Notícias". Segundo informação vinda a público nos últimos dias, a experiência desta editoria, que tem contado com o trabalho de dez jornalistas e que tem cerca de um ano de vida, não terá sido bem sucedida. Este caso suscita alguma reflexão, não necessariamente, ou apenas, centrada no caso da Lusa. * A primeira reflexão formulo-a através de perguntas: de que modo a organização interna de uma Redacção condiciona/potencia o acompanhamento e a cobertura da realidade social? Que vantagens e limitações decorrem de uma organização "especializada" ou de uma organização generalista do tipo "sociedade" ou "nacional"? * Se, no caso da Lusa, algo não correu bem, o lógico seria que fosse corrigido. A opção foi, porém, a de extinguir esse "pelouro". Do ponto de vista da Direcção de Informação da agência, parece ser irrelevante haver ou não haver uma editoria específica para que os sectores por ela cobertos tenham o tratamento adequado. Será assim? * Finalmente, refere a mesma Direcção, citada pelo DN, que "os jornalistas que faziam media e publicidade voltam para a editoria de Economia, enquanto os redactores de cultura serão integrados no Nacional". Registo esta concepção, segundo a qual o sítio próprio dos media e do seu tratamento jornalístico é a editoria de Economia.
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