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Arrastão ou arrastinho? No passado fim de semana prolongado, fomos autenticamente bombardeados com as notícias do "arrastão" provocado pela acção aparentemente organizada de perto de 500 adolescentes, de idades compreendidas entre os 12 e os 20 anos, que varreram a Praia de Carcavelos. Isto foi o que nos disseram. De meia em meia hora, a TSF (e os outros media) não se cansou de abrir com a matéria, repetindo até à exaustão elementos que contribuiram para fazer um caso de repercussão internacional, com eventuais consequências para o turismo e para a percpeção do fenómeno da criminalidade organizada (para não falar das minorias étnicas) entre nós. Não faltou o presidente da Câmara de Cascais a dramatizar o assunto, procurando envolver o primeiro-ministro e o presidente da República na questão. A polícia terá também dado a sua ajuda. Autoridades que - não se sabe - agiram para construir o acontecimento para os media ou por causa da construção do acontecimento que os media estavam a fazer ou pelos dois motivos. Afinal, quer pelo que se disse ontem na Quadratura do Círculo quer pelo que se escreve, por exemplo, no Público de hoje, nem o número de assaltantes se terá aproximado da dimensão difundida pelos media, nem o caso de Carcavelos terá a novidade intrínseca que se lhe atribuiu nem o número de banhistas roubados ou agredidos terá sido significativo. Escreve o Público (link para assinantes):

"No meio da confusão que se gerou, estou em crer que muitas pessoas que pensavam ter sido roubadas acabaram por encontrar os seus pertences caídos no areal ou optaram por não apresentar queixa contra terceiros", explica. Com muita experiência de policiamento nas praias da Linha de Cascais, Oliveira Pereira lembra que os assaltos em grupo sempre foram uma constante, nomeadamente em Carcavelos e Estoril."Sempre foi comum juntarem-se vastos grupos nas praias de onde depois divergiam pequenos núcleos de oito ou dez indivíduos que particavam assaltos. Concluímos que na sexta-feira aconteceu o mesmo, só que devido às centenas de pessoas que se encontravam na praia o fenómeno tomou outras proporções. De um grande grupo de 400 ou 500 pessoas só 30 ou 40 praticaram ilícitos", afirma o responsável do Comando da PSP de Lisboa.Para o superintendente Oliveira Pereira, os assaltos também terão sido decididos na altura na praia e não fruto de uma organização mais elaborada que levasse centenas de pessoas a Carcavelos com intuitos criminosos".
Quer isto dizer que não se passou nada? Que não se passa nada? Não quer. Quer isto dizer que os media não fizeram o seu papel? Que não foram averiguar os factos e que contribuiram, ainda que induzidos por terceiros, para ampliar o caso? Isso é que conviria averiguar, para eventualmente se aprender com o que se passou. (Seria interessante incorporar, na análise deste caso, os resultados do Estudo sobre Media, Imigração e Minorias Étnicas, que hoje a imprensa divulga, e segundo os quais, os "Media vêem crime de minorias como efeito da exclusão" (Pùblico) e "Imigrante passou de autor a vítima" (Diário de Notícias").


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