Esclarecimento O leitor deste blogue Francisco Alves pergunta, num mail, se ao questionar o trabalho do Público acerca do alegado esquema de Fátima Felgueiras com dirigentes nacionais do PS eu não estarei a pactuar com a "escandaleira" que representa o regresso encenado desta foragida à justiça. Respondo que é precisamente por causa daquilo a que o leitor chama "escandaleira", e que eu subscrevo, que me parece que deve redobrar o cuidado do tratamento mediático. É positivo que o Público investigue a fundo se houve ou não jogadas de bastidores legal ou politicamente condenáveis e quais foram elas. Mas que nos dê factos comprovados, não possibilidades ou suspeições. Porque isso pode contribuir para descredibilizar quem denuncia a escandaleira. E, desse ponto de vista, o que o jornal nos volta a oferecer hoje continua numa zona que não é tranquilizadora para a qualidade do jornalismo. "Que tudo isto tenha sido mera coincidência é coisa que nem os mais piamente crédulos aceitarão", escreve hoje, e com razão, Nuno Pacheco. Mas não basta vontade de denunciar ou indícios de matérias a denunciar para que a denúncia adquira consistência. O Público - e outros órgãos de comunicação - têm de continuar a trabalhar no assunto. Do p'onto de vista do serviço público, isso é mil vezes mais importante do que o inacreditável tempo de antena que está a ser dado a Fátima Felgueiras.
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