Sobre a sinalética da TVI A decisão unilateral da TVI de avançar para a inserção de sinalética em parte da sua programação, indicativa dos públicos destinatários, é uma medida positiva. Independentemente das razões que possam ser invocadas, tudo aquilo que dê corpo a um esforço de auto-regulação é positivo. De resto, a SIC anunciou já que vai seguir o mesmo caminho, tanto mais que, segundo diz, apenas aguardava que se pudesse avançar com todos os canais de sinal aberto afinados pelo mesmo diapasão. Dito isto, há alguns pontos que carecem de mais esclarecimento e debate: - Que critérios foram seguidos para distinguir as idades em que se torna recomendável o "aconselhamento parental" (AP), ou seja, os 10 e 12 anos? - Se o conteúdo do Jornal Nacional é programado e conhecido (no essencial) com antecedência, porque é que não se aplica a ele (e à restante informação) a mesma sinalética? - Se, como foi posteriormente esclarecido, a iniciativa só se aplica a programas da responsabilidade da TVI (e que não tenham sido classificados por outras entidades externas), que vamos ter no ecrã? Interrupções de sinalização? Confusão de sinaléticas distintas? - Se os restantes canais não adoptarem a sinalética da TVI, quem se vai entender, na floresta de sinais? E a rodinha vermelha: continuará ou, como agora se diz, vai ser "descontinuada"? - E que adianta colocar a sinalética "AP10" e "AP12" em programas emitidos a horas em que os pais não estão em casa para fazerem o tal AP (acompanhamento parental)? (Crédito da gravura: DN)
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