Achegas para a análise do estado da televisão em Portugal Álvaro José Ferreira, um cidadão que se tem destacado nas iniciativas de defesa da boa música portuguesa na rádio pública e, em especial, do programa "Lugar ao Sul", comentou, num mail enviado a alguns membros deste blogue, o fórum da TSF de segunda-feira passada, dedicado ao estado da televisão em Portugal. Nesse espaço radiofónico interveio Felisbela Lopes, para, nomeadamente, comentar o texto sobre a renovação das licenças dos canais privados de televisão, publicado naquele mesmo dia do "Público". Sobre o tema e sobre a participação de Felisbela Lopes, escreve Álvaro Ferreira: "Subscrevo sem qualquer reserva todas as palavras que proferiu na antena da TSF. Na verdade, a programação da SIC e da TVI já não se pode considerar generalista mas sim temática - telenovelas e pseudo-'reality shows'. Não podia estar mais de acordo consigo quando diz que a actual programação dos canais privados em sinal aberto já não tem nada a ver com os projectos que foram submetidos a apreciação e votados para atribuição das licenças. Eu pergunto: não caberia à Alta Autoridade para a Comunicação Social zelar para que não fosse permitido o desvio que foi praticado? O próprio poder político (Assembleia da República, Governo e Presidência da República) tem muitas culpas no cartório por terem feito visto grossa às alterações de estratégia implementadas pelas televisões privadas, com o argumento falacioso da racionalidade económica. Penso que é consensual que uma empresa de televisão tem obrigações acrescidas às que são exigidas a outro qualquer negócio. Fazer televisão não é o mesmo que fazer sabonetes. O mercado televisivo é um mercado regulado e, como tal, quem decide apostar nessa área tem de se sujeitar às regras estipuladas e previamente definidas. Se algum operador deixa de apresentar um serviço em concordância com tais regras só há uma coisa a fazer: retirar-lhe a licença e pô-la novamente a concurso. (...) Por isso, faço questão de felicitá-la a si e também aos seus colegas docentes da Universidade do Minho pelo artigo pertinente que subscreveram no jornal "Público", no dia 07 de Novembro último, porque a sociedade só fica a ganhar quando os especialistas que trabalham no meio académico não se confinam aos muros da academia e dão o seu valioso contributo na apresentação e discussão de temas que os políticos e os partidos não põem na agenda por mera conveniência político-partidária. Também quero felicitar a direcção da TSF pelo sentido de oportunidade ao pegar num tema que nem sempre tem tido a atenção que merecia em razão da importância que a televisão tem na ocupação dos tempos livres de boa parte da população portuguesa e - não menos importante - na formação do imaginário das crianças e jovens que não têm hábitos de leitura. (...) " Álvaro José Ferreira (Ler o texto completo AQUI)
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