A grande reportagem na TV portuguesa Vai uma conversa interessante na zona dos comentários ao post "Sá Carneiro na história de Snu", aqui colocado no sábado pela Madalena Oliveira. Vale a pena passar por lá. Sublinho as anotações sobre a presença (ou ausência) do tipo de programas como o de Cândida Pinto nos nossos ecrãs. Felisbela Lopes lamenta que "trabalhos destes não possam constituir programas de informação semanal", acrescentando que "os canais generalistas privados continuam a pensar que a chamada 'grande-informação' se circunscreve aos canais temáticos", introduzindo-a "de tempos a tempos (...) a martelo nos noticiários das 20h00". Por sua vez, o jornalista da RTP Luís Miguel Loureiro observa o seguinte: "A actual organização das redacções, logo, o próprio modelo de trabalho, não permite mais do que a esporádica apresentação de trabalhos resultantes mais da iniciativa individual dos jornalistas do que do pensamento estratégico das estações. A forma como a Grande Reportagem afecta meios humanos e técnicos, reclama tempo para investigação e maturação dos temas e condiciona a elaboração das grelhas, fazem com que se torne, nas actuais condições, um "grão na engrenagem". Por isso tem sido, e penso que continuará a ser, o resultado de uma luta dos Grandes Repórteres, que encontram, no seu trabalho e obrigações diárias, a forma de agarrar as oportunidades que se apresentam".
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