No final de Dezembro surgiu um problema relacionado com a migração deste blogue para a nova versão disponibilizada pelo blogger. Por razões que o serviço de ajuda da empresa não foi capaz de desbloquear, vimo-nos impedidos de aceder e de dar uma explicação aos leitores. Em face da situação criada, e porque as sucessivas diligências da nossa parte não obtiveram solução, decidimos mudar de casa. A partir do dia 17, encontramo-nos no WordPress, nesta morada:
http://mediascopio.wordpress.com
A linha de continuidade gráfica nota-se bem. Há, para já, um novo élan do grupo e, do ponto de vista do leitor, uma maior facilidade na colocação de comentários. Além disso, exportámos daqui para lá o arquivo desta etapa do J&C, que se aproxima dos cinco anos de vida.
São bem-vindos à nova moradia.
2006 em alguns factos e opiniões: um útil instrumento de consulta, fruto da colheita de Sabine, da Insustentável Leveza.
Publicado em dezembro 27, 2006 por Manuel Pinto.O "show" de David Sifry, fundador do Technorati, na recente conferência Web 3.0, em Paris. Em registo audiovisual (e "à americana") aquilo que ele nos diz trimestralmente através das análises do seu blogue (via YouVox):
"Rádio na Internet em Portugal - A Abertura à Participação num Meio em Mudança" é o título da tese de mestrado que Pedro Portela submete amanhã à apreciação de um júri, em provas públicas que terão lugar às 16 horas, no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho (UM), em Braga. O autor é docente do Curso de Comunicação Social da UM e deverá ser dos autores mais antigos de um programa de rádio em Portugal, através da sua colaboração regular na Rádio Universitária do Minho, com o programa "O domínio dos deuses"*.
Pedro Portela estudou as rádios com presença na Internet, procurando analisar, em especial, de que modo tiram elas partido das possibilidades de interacção e participação hoje disponíveis. A tese será analisada e comentada pelo Prof. Rogério Santos, docente da Universidade Católica. Portuguesa.
(*) O programa musical "O domínio dos deuses" teve início ainda no tempo das rádios piratas e só posteriormente - 1989 - passou para a antena da RUM
... é esta entrevista feita por Clara Pinto Correia, do blogue Viridarium, ao reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa. Também nesta matéria opina-se muito, editorializa-se muito, mas a verdade é que grande parte do jornalismo que temos não investiga o que se passa no ensino superior, não interroga o silêncio de alguns reitores, os medos ou conveniências em não falar, ou as contradições entre os reitores e entre as universidades que representam. (Grato ao Luís, pela dica da entrevista).
Publicado em dezembro 20, 2006 por Manuel Pinto.O OFCOM, entidade de regulação dos media do Reino Unido publicou recentemente o livro Communications - The next decade, um conjunto de ensaios da autoria de especialistas em regulação, políticas, tecnologias e sociologia dos media e das comunicações. Está integralmente disponível online. O indíce é o seguinte:
Televidente 2.0 - Presente y futuro de la oferta de televisión a través de Internet y el teléfono móvil. Assim se intitula um estudo acabado de publicar por uma empresa madrilena de estudos de mercado, que incide sobre a realidade espanhola. Baseia-se em entrevistas abertas com consumidores de vídeos online e num inquérito a uma amostra de cerca de 1240 indivíduos. Fica esta conclusão: "La interacción entre la audiencia y la participación en la generación de contenidos probablemente caracterizará la oferta de televisión que se desarrolle en el futuro". (via La Máquina del Tiempo).
Publicado em por Manuel Pinto.O Periodista Digital (PD) publica números significativos do peso que têm, nos rendimentos dos diários espanhóis, os produtos de marketing que acompanham as edições. O PD afirma que tais "promoções" ascenderam a 1.601 em 2005, o que significou um aumento de 18,4% face ao ano anterior. Mais alguns dados relativos ao mesmo ano:
"Si se hiciera el promedio de días en que los periódicos españoles incluyen promociones, resultaría una media de 279 días de los 363 posibles, equivalentes al 76,9 por ciento del total. Las promociones aportaron en 2005 unos 334 millones de euros al conjunto de los periódicos, con un alza del 29,36 por ciento respecto al año anterior. Con ese volumen, las promociones supusieron el año pasado el 12,37 por ciento del total de ingresos de los diarios. Para 2006 Deloitte espera que los ingresos por promociones crezcan un 2,9 por ciento más, hasta unos 344 millones de euros. Por segmentos, en 2005 los ingresos por promociones crecieron un 35,8 por ciento en los diarios de información general con tiradas superiores a cien mil ejemplares diarios, hasta 233 millones de euros. En los diarios con tiradas entre treinta mil y cien mil ejemplares, los ingresos por promociones se situaron en 37 millones de euros, con un incremento del 34,2 por ciento, mientras que en los diarios de información general con tiradas diarias inferiores a treinta mil ejemplares las promociones aportaron unos 14 millones de euros, con una subida anual del 31,5 por ciento."
Publicado em dezembro 18, 2006 por Manuel Pinto.Vale a pena ler, no e-Cuaderno, Cuando la realidad supera a la ficción. É a história verídica do polícia feito colunista irregular de um jornal local, que não vê qualquer problema em plagiar o trabalho de outrem (neste caso, de um blog).
Publicado em por Manuel Pinto."Quem vai à secção Media dos jornais portugueses lê muito sobre... televisão. São os resumos das novelas e respectivas 'fofocas' sobre os actores, são as programações detalhadas, e alguns canais por cabo, nem uma linha sobre a rádio. Há, nos jornais, muitos críticos de cinema, música e televisão. Mas nem um de rádio. Será que a rádio é um meio secundário que não vale a atenção dos outros media? " Jorge Guimarães Silva, A Rádio em Portugal.
Publicado em dezembro 16, 2006 por Manuel Pinto.Tal como acontecerá no jornal The Guardian, é também uma mulher - Véronique Maurus, de 55 anos - a nova provedora ("médiatrice") do diário francês le Monde. Mas, ao contrário do jornal inglês, esta é jornalista. Trata-se de uma veterana com mais de 30 anos de casa, tendo trabalhado nas áreas de energia e economia. Mais recentemente foi grande repórter e directora-adjunta do serviço de Inquéritos e reportagens. É autora de dois livros: Voyage au pays des mythes (Calmann-Lévy, 2000) et La Vie secrète du Louvre (éd. La Renaissance du livre/Le Monde, 2006).
Sucedendo a Robert Solé, que foi o "médiateur" nos últimos anos, Véronique Maurus estreia-se hoje com a primeira crónica, intitulada Ni 'malbouffe' ni 'malinfo'. Partindo de uma "petite histoire" gastronómica, aponta aquelas que, segundo ela, são hoje as mazelas do jornalismo ("malinfo"): "petites phrases, rumeurs, emballements médiatiques, publireportages, critiques de complaisance, le tout orchestré par des 'plans médias' de plus en plus subtils...".
O sentido da função que agora passa a desempenhar formula-a do seguinte modo:
Il n'appartient pas au lecteur de concevoir un journal, ce n'est pas son travail, mais il l'améliore grandement en disant ce qu'il pense du produit fini. Le Monde n'est pas parfait, votre courrier nous le rappelle tous les jours. Cet appui précieux - bien que parfois douloureusement vécu par la rédaction - est vital. Traquez, scrutez, critiquez, nous ne nous en porterons que mieux ! Le jour où vous ne le ferez plus, Le Monde sera mort. A nous de savoir écouter, répondre et en tirer les leçons.
E o repto lançado ao leitor:
Nous ne créerons pas de sitôt une vaste alliance contre la 'malinfo'. Mais les vraies transformations se font à petits pas et chacun, de sa place, peut y oeuvrer.
Depois de um esclarecimento colocado por José Manuel Fernandes como comentário ao post em que formulámos algumas perguntas em torno da deliberação da ERC sobre a alegada independência da informação da RTP, o crítico Eduardo Cintra Torres enviou-nos uma lista das suas perguntas sobre o mesmo caso. A ler.
Publicado em por Manuel Pinto.A advogada da empresa que edita The Guardian será a nova provedora do leitor ("readers' editor") do diário, sucedendo ao actual e primeiro titular do cargo, Ian Mayes.
Siobhain Butterworth tomará posse em Março próximo, altura em que deixará de exercer as funções de directora do departamento jurídico da empresa.
O cargo de provedor foi criado naquele jornal em 1997, tendo sido igualmente o primeiro a dotar-se de tal serviço na Grã-Bretanha. Mayes, que ocupa actualmente o cargo de presidente da ONO (Organisation of News Ombudsmen), irá dedicar-se à escrita do volume com a História do jornal a partir dos anos 80. Segundo noticia o diário, o gabinete do actual provedor recebeu, nosúltimos 12 meses, mais de 19 mil chamadas - mais do triplo daquelas que foram recebidas no ano de lançamento do cargo. Por sua vez, o número de correcções eleva-se a cerca de 1600 por ano. Um factor que contribui para o crescimento destes números relaciona-se com a dimensão internacional do jornal impresso e com o impacto do sítio da publicação na Internet.
PS - Alô, JN! Está lá? Dentro de um mês, poderá comemorar um ano sem provedor!
Difusão estimada de diários pagos em Portugal (1996-2005)
(em milhares de leitores)
1996.........697
1997.........634
1998.........673
1999.........686
2000.........556
2001.........614
2002.........551
2003.........571
2004.........593
2005.........570
Var.05/04... -3,9
Var.96/05... -18,2
Comparativamente, todos os países da Europa dos 15, com excepção da Irlanda e de Espanha, viram a difusão de jornais diários pagos diminuir nos dez anos considerados. No conjunto dos 15, a descida situou-se nos dez milhões de exemplares diários, equivalentes a um decréscimo médio de 12,4 por cento, ao longo do decénio.
FONTE: AEDE,Libro blanco de la prensa diaria 2007, via e-periodistas.
«... distingo claramente dois patamares de blogues: os que, por serem assinados por personalidades mais ou menos conhecidas (jornalistas, políticos, intelectuais, escritores), gozam de uma relevância que lhes garante alguma influência na rede, e obedecem até a uma espécie de "livro de estilo" que os inscreve numa normalidade próxima dos media clássicos; e os outros, dos anónimos cidadãos, criados muitas vezes ao sabor de uma paixão ou de um ataque de raiva, e que obedecem somente aos "ventos" dos seus autores. Os primeiros são extensões de pessoas, causas, jornais, grupos de cidadãos. Os segundos são, na realidade, a vox populi que habitualmente se encontra nos cafés, nos barbeiros, nos cabeleireiros - e que agora está ali, também, ao alcance de um clique.»