Segundo o Público Última Hora, "o Orçamento de Estado para 2003 propõe que a RTP sofra um processo de 'reorientação' para assegurar a prestação de um serviço público, processo que poderá passar pela criação de um único canal generalista, permanecendo em suspenso o futuro do segundo canal". Uma fonte não identificada do gabinete do ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, lembrou, em declarações à Lusa, que o programa do Governo aponta para apenas um canal e que o Executivo não tem de seguir as propostas do Grupo de Trabalho (GT), que há dias entregou o seu relatório. Ainda segundo a mesma fonte, que a notícia do Público cita, a decisão do Governo "terá também em conta o resultado de um estudo que está a ser realizado para determinar quem vai regular e zelar pelo cumprimento do serviço público de televisão". Repare-se em tudo isto: o GT tinha a possibilidade de auscultar as pessoas que entendesse. Diz que auscultou, mas não se sabe quem. Do Gabinete do ministro diz-se que está a ser realizado um estudo sobre "quem vai regular e zelar pelo cumprimento do serviço público de televisão". Quem está a fazer esse estudo? Com que referenciais? Com que prazos? Que papel deve ter nesse processo o Conselho de Opinião da RTP, um órgão que a lei de TV criou? E a Alta Autoridade? Será que decisões desta envergadura, mesmo que legítimas, podem ser tomadas longe do debate público, no segredo dos gabinetes?
0 resposta(s) para “”
Responder