"Com seis meses de abobrinhas, adeus credibilidade", escreve Alberto Dines, na última edição do Observatório da Imprensa. As abobrinhas são as historietas sem interesse, típicas da "silly season", que, como escreve o jornalista, no hemisfério meridional, se estendem por meio ano. O motivo do texto é interessante: a Folha de S. Paulo publicou, no domingo passado, uma página inteira sobre as deficiências de dicção do presidente Lula, de um ministro e de um deputado.Foi mesmo consultada uma especialista em fonoaudiologia, para analisar a magna questão. Comentário de Dines: "Se uma autoridade sofre de gagueira, miopia, insônia, ejaculação precoce, prisão de ventre, tem o lábio leporino, nariz operado, implante dentário, seios de silicone, língua presa ou qualquer outro diferencial físico ou médico é problema da sua esfera privada. Se não corre risco de vida nem tem suas faculdades mentais prejudicadas a questão não é de interesse público. Sua exploração fere o decoro jornalístico". A propósito: o Observatório criou também, recentemente o seu weblog. Chama-se Bloi. "Pretende funcionar como um fórum complementar, para que os usuários comentem o dia-a-dia da nossa imprensa".
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