Os números da Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragens (APCT) relativos à primeira metade deste ano revelam que o Correio da Manhã (CM) foi o jornal diário generalista com maior volume de vendas, tendo crescido cerca de 17,5 por cento em relação ao mesmo período de 2002. Alguns dos dados divulgados pela APCT podem ser consultados na própria edição online do CM, do Diário Económico (aqui e aqui), e no Público (aqui e aqui), já que não encontrei o comunicado no site da associação. O artigo do CM reproduz as opiniões de Emídio Rangel, Vicente Jorge Silva e Paquete de Oliveira, que aproveito para transcrever: “Como interpreta a liderança do CM no panorama da imprensa jornalística?” Emídio Rangel: “O Correio da Manhã procura aproximar-se dos seus públicos, tenta acertar naquilo que as pessoas pretendem. É esse respeito pelo público que explica o êxito do jornal. Os que vivem de costas voltadas para as pessoas pagam um preço”. Vicente Jorge Silva: “A tabloidizição da Imprensa portuguesa é um fenómeno muito negativo. Sou a favor da Imprensa de referência, como o jornal Público, e continuo fiel aos seus valores. A ditadura da maioria faz-me espécie. Faço parte do outro clube”. Paquete de Oliveira: “O CM beneficiou do aparecimento de títulos como o ‘24 Horas’. Deixou de estar no extremo, passou a ocupar um ponto médio e traçou uma estratégia que combina muito bem aspectos dos títulos de referência com outros dos jornais populares”.
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