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"A imprensa é livre, os jornalistas não" A frase, atribuída ao sociólogo Ferdinand Tönnies, serve hoje de título a Eduardo Cintra Torres, para, no "Público", fazer algo que é arriscado (e invulgar), mas necessário à análise e compreensão da cobertura mediática do caso da pedofilia. Diz respeito a uma eventual influência na orientação da cobertura da SIC, motivada pela ligação directa ou indirecta de vários dos seus jornalistas, comentadores e apresentadores aos arguidos no processo ou à defesa destes. Com nomes e tudo. Depois, vem a conclusão: "No geral, a informação da SIC sobre o processo da Casa Pia sofreu uma mudança significativa de atitude desde Novembro de 2002, quando as primeiras informações foram reveladas - precisamente na SIC e no "Expresso". A partir da altura em que o processo envolveu membros das elites política e mediática, a informação da SIC distanciou-se do ponto de vista das vítimas e aproximou-se do ponto de vista da defesa dos arguidos. Esta alteração é legítima, mas faz parte da crítica chamar a atenção para ela. A TVI, onde não há os referidos constrangimentos na redacção, colocou-se totalmente do lado das vítimas e, de alguma forma, num pressuposto hostil aos arguidos. Uma consequência disso é o facto de a mulher de Carlos Cruz ja se ter recusado a responder a perguntas da TVI à porta da Penitenciária. Por vezes não é necessário procurar cabalas nem conspirações secretas nos meandros dos "media" e dos corredores de poder para explicar atitudes e opiniões. Há factos sociais. (...)" Num campo diverso, o do desporto, já houve, no passado, uma contraposição entre os dois canais - quando foi das penúltimas eleições no Benfica. O problema, entre nós, é que nunca nada disso é assumido explicitamente. Pretende-se sempre fazer passar cada posição como abrangente e equidistante. Ainda assim, enquanto o "cruzamento" de nomes - no caso agora analisado pelo crítico do Público - é matéria de natureza factual incontroversa, a afirmação de que houve uma reorientação editorial da SIC e que essa reorientação decorre do referido cruzamento já é uma impressão, uma hipótese, que precisa de ser confrontada com a realidade dos factos. Mais ainda e a contrario: pode ser igualmente redutor estabelecer a alegada associação entre a orientação da TVI ao lado das vítimas do caso Casa Pia e o facto de nessa estação não haver ligações conhecidas e significativas ao campo dos arguidos. Não poderá haver outros factores, nomeadamente relacionados com a costumeira orientação geral da TVI, conjugada com a necessidade de se demarcar e fazer diferente da sua mais directa concorrente? São tópicos para continuar uma reflexão sobre hipóteses que Cintra Torres muito bem coloca (num texto que obviamente não é académico) e que, de qualquer modo, não colocam em causa a ideia central: "Por vezes não e necessário procurar cabalas nem conspirações secretas nos meandros dos "media" e dos corredores de poder para explicar atitudes e opiniões. Há factos sociais".


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