Um silêncio que perturba A propósito dos prémios Gazeta, deve dizer-se que a cobertura feita pela imprensa pouco mais é do que indigente. Li uns parágrafos no Correio da Manhã , no Diário de Notícias e em A Capital, maioritaria e "político-correctamente" guiados por banais palavras do Presidente da República, que, a avaliar pelos ecos, não disse nada de especial. Mas Ana Sousa Dias, pelo menos ela, colocou algumas questões sobre a actualidade do jornalismo, que passaram ostensivamente para o mundo do silêncio. Está aí o sítio do Sindicato dos Jornalistas, com uma versão editada das palavras da jornalista e, que eu tenha visto, nada mais. E, no entanto, houve jornalistas que tiveram acesso ao texto do discurso que Ana Sousa Dias proferiu. O que quer dizer que o trabalho jornalístico sobre o jornalismo não passa. Ou, pelo menos, não passou. Rogério Rodrigues, em editorial de A Capital, alude ao alheamento dos jornalistas relativamente ao evento de segunda-feira, sugerindo que terá havido alguma forma de protesto pela presença do Presidente. Terei entendido bem? E se assim foi, isso não é notícia?
1. O Sr. Rog?rio Rodrigues ? um grande jornalista deste pa?s, que trabalhou ao servi?o de ?rg?os de informa??o como a RTP, Expresso, DN, P?blico, O Jornal, JN, Vis?o, Capital, etc.
2. Quase tudo o que aprendi, foi com ele. O que aprendi? A escrever, a investigar e a, sobretudo, nortear-me por valores como a honra, a honestidade e a ?tica ao servi?o da minha profiss?o e da minha vida.
3. Sou jornalista h? 15 anos (passei por SIC, Edimpresa, Impala, ProMercado, etc). Tenho 32 anos e sou editor do jornal Destak, do Grupo Cofina.
4. Gostava de vos dizer apenas isto: os acad?micos em rela??o aos jornalistas profissionais s?o como os comentadores em rela??o aos treinadores. S? devemos respeitar verdadeiramente aqueles que sabem do que falam.
5. Parab?ns pelo espa?o, mas o vosso ju?zo de valor n?o ? o mais correcto. Uma coisa ? certa: todos erramos - e em rela??o ?s fontes, passa-se o mesmo...