Como combater eficazmente o terrorismo?
- Faz agora dois anos, os Estados Unidos da América montavam a parafernália de argumentos que haviam de servir de justificação para a invasão do Iraque. Quase dois anos depois do início do conflito, o inferno em que o país se converteu faz com que haja candidatos às próximas eleições que, com medo de perder a vida, nem sequer ousam dizer o nome próprio. Vemos o primeiro-ministro fazer campanha acompanhado de soldados dos EUA de carabina a tiracolo, ao mesmo tempo que as notícias dos atentados já quase deixaram de interessar aos media.
- Mais: um relatório recente do National Intelligence Council - nada mais nada menos do que um organismo da própria CIA - reconhece que o Iraque se tornou, com os desenvolvimentos do actual conflito, na principal fonte que alimenta o terrorismo profissional, nisso substituindo o Afeganistão.
- Entretanto, e face à aproximação da data das eleições naquele país, diversos governos europeus aconselham os jornalistas a não irem para o Iraque, devido aos riscos de vida que podem correr. Os riscos são óbvios mas os jornalistas não podem aceitar, sem mais, que o Iraque seja varrido do mapa da informação.
- Se se comparar o silêncio de hoje sobre esta tragédia - nomeadamente na blogosfera em Portugal - com o encarniçamento dos debates havidos em 2003, poderemos ser levados a pensar que o assunto deixou de ser importante. Ora, mais do que nunca, agora é que valeria a pena retomar algumas das questões então suscitadas e, em particular, esta: como combater eficazmente o terrorismo? E qual o papel dos media nesse combate, tendo em conta a experiência destes últimos anos?
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