Luís Marinho já tem perfil para provedor do telespectador O director de informação da RTP dá hoje uma entrevista ao DN, conduzida por Miguel Gaspar, que toca uma série de aspectos da actualidade televisiva, em especial os relacionados com o serviço público. O motivo da entrevista foi, aparentemente, a polémica recentemente levantada por afirmações do PSD acerca do programa semanal de António Vitorino. A dada altura, o entrevistador pergunta: "Sente que se exige mais à informação da RTP do que à dos privados?". "Sim, claramente [responde Luís Marinho]. E não acho natural que seja assim. Não vejo grande preocupação dos partidos em olhar para as outras televisões e analisar a sua informação. Porque os contratos de concessão para os privados também os obrigam ao pluralismo de opinião, à isenção, etc. Portanto, não ponham na RTP o exclusivo do pluralismo e isenção. Exijam a toda a gente. Nós cumprimos o nosso papel, vejam se os outros cumprem". Eu também acho que partidos e outras instituições deveriam acompanhar mais de perto a informação dos outros canais. Pelas razões exactas que o director de Informação enuncia. Mas, ao contrário de Luís Marinho, acho natural que se exija mais ao operador de serviço público. Por algo que diz na mesma entrevista: "Não pensamos só em audiências". Noutro passo e a propósito do previsto provedor do telespectador, Marinho afirma já ter um nome na cabeça. "Não vou dizer quem é, mas tenho. Até tenho outros nomes, para o caso desse falhar". E vai traçando o perfil: "O provedor tem de conhecer bem o meio. Não deve estar no activo, deve ter algum distanciamento crítico, mas tem de ter alguma experiência na área. Penso que os grandes teóricos não funcionam. Mas além de conhecimento, o provedor precisa de uma grande capacidade de comunicação".
0 resposta(s) para “”
Responder