Sobriedade dos media nos atentados de Londres Já se disse neste blogue (post de ontem assinado por Manuel Pinto) que a contenção das televisões marcou a cobertura dos atentados na capital britânica. Opiniões publicadas nos jornais de hoje corroboram esta primeira impressão. Diário de Notícias - Ruben de Carvalho: «Não pode deixar de merecer reflexão a sobriedade de imagens e textos que caracterizou a cobertura pelas televisões britânicas dos atentados terroristas de Londres. (...) § Mas não é afinal bem mais rigorosa e verdadeira a consciência do horror vivido transmitida por esta sobriedade do que pela doentia exploração da- tragédia?» Jornal de Notícias - Judite de Sousa: «Tal como já tinha sucedido em 2001, nos Estados Unidos, também agora, em Londres, os órgaõs de Comunicação Social, com especial relevo para as televisões, não divulgaram imagens de cadáveres, de corpos desmembrados e, mesmo, as imagens que poderiam exacerbar as emoções não foram mostradas. A gestão da informação foi feita de forma muito prudente, quer ao nível da imagem, quer ao nível da palavra. A morte não foi exibida pela televisão e os números dos mortos não foram lançados para o "ar" como se de um totoloto se tratasse. O terrorismo impõe uma nova deontologia e uma nova prática jornalística. Mais importante do que mostrar o que aconteceu é pensar nas consequências do acontecimento até para evitar que os terroristas utilizem os media como instrumentos da sua cruzada contra o ocidente.»
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