Um momento importante Foi um programa interessante o do Clube de Jornalistas de ontem, dedicado ao "arrastão" de Carcavelos. Dos debates havidos guardei duas notas. A primeira diz respeito ao reconhecimento de que os media "meteram água". Mas não deixa de ser irritante o "mas" que vem logo a seguir, que acaba por esvaziar e descredibilizar em boa medida, a assunção do erro e desviar o foco de atenção da responsabilidade dos media. Para lá da questão de saber se houve ou não houve arrastão - e esta é a segunda nota - há um problema grave, com o qual os media precisam de lidar com muito mais cautela e sabedoria, que é a relação insegurança-xenofobia. Em todo o caso, este foi o momento em que uma questão indubitavelmente importante foi finalmente objecto de debate. ACTUALIZAÇÃO: O "Diário de Notícias" faz hoje o seu trabalho de casa sobre este assunto. São quatro peças importantes para o dossier: O estranho caso do arrastão que morreu na praia... - em que Miguel Gaspar pergunta: "Se a própria PSP negou a primeira versão dos incidentes que divulgou, como é possível que o desmentido tenha sido arrastado para o silêncio?" "Se não fosse candidata, teria feito tudo igual", entrevista de Diana Andringa dada a Nuno Azinheira, em que a jornalista, depois de observar que não critica os jornalistas no terreno, comenta que "faltam é editores com experiência e sangue frio, que pensem". O documentário e a entrevista da polémica , sobre o papel do documentário "Era uma vez um arrastão", coordenado por Diana Andringa A memória futura de um arrastão, em que, na sua coluna de opinião, de novo Miguel Gaspar reflecte sobre "uma cadeia diabólica de intepretações que substituiu e dispensou a veracidade dos acontecimentos". "Um erro que fica para memória futura" e sbre o qual o autor pergunta: "Terá emenda?"
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