Plataforma por uma televisão de qualidade "Declaração de Huelva" - assim se intitula o documento aprovado pela assembleia de associações de espectadores que, nos últimos dias, se reuniu no âmbito do Congresso Hispano-luso sobre televisão de qualidade. Nesta iniciativa promovida pelo colectivo Comunicar, as associações revindicaram a participação do movimento associativo de telespectadores, das universidades e, em geral, da sociedade civil, nos conselhos audiovisuais nacionais e/ou autonómicos, com uma representação de 50 por cento dos titulares desses órgãos reguladores. Propondo-se "modificar a sensibilidade social acerca do consumo audiovisual", os signatários da Declaração de Huelva chamam a atenção para três aspectos que constituem outros tantos problemas:
"a) O problema do consumo audiovisual indiscriminado e acrítico só pode ser enfrentado se asumido como um problema de saúde pública, no quadro do qual se produzem doenças somáticas, sociais e da informação; b) Os ecrãs não constituem apenas um mercado de produtos culturais ou de entretenimento protegido pela liberdade de expressão mas também uma actividade social que produz, de facto, um défice de liberdade em amplos sectores da população que esvazia de conteúdo a democracia; c) É iniludível e urgente a inclusão nas aulas do conhecimento teórico e prático dos media e da sua linguagem, abordado no curriculo quer transversal quer longitudinalmente".
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