Sinais do fosso digital em Portugal Não foi talvez dada a devida atenção aos dados divulgados pelo INE na semana passada, acerca do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nas Famílias, relativos ao primeiro trimestre de 2005. Por eles se ficou a saber que 42,5% dos agregados domésticos portugueses possuíam computador e 31,5% tinham acesso à Internet a partir de casa; e, ainda, que 39,6% dos indivíduos com idade entre os 16 e os 74 anos utilizaram computador e 32% acederam à Internet no mesmo período. Mas há, nos resultados, elementos interessantes que merecem atenção. Por exemplo, nas razões invocadas pelos inquiridos para não terem ligação à Internet. Vejamos os motivos mais fortes: - 58,0% - Não precisa de Internet, porque não a acha útil, interessante, etc. - 53.5% - O custo do equipamento é elevado - 52.0% - Não sabe utilizar Internet - 49.2% - O custo do acesso é elevado - 23.4% - Não quer Internet, porque acha o seu conteúdo perigoso ou prejudicial. Se 32% acederam à Internet (apesar de tudo é mais do dobro do que em 2000) isto significa que 68% não acederam. E, desses, 58% entendem que não precisam da Internet para nada. São dados que obrigam, no mínimo, a ter os pés no chão. (Este Inquérito foi realizado pelo INE com a colaboração da UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento. A recolha dos dados decorreu nos meses de Abril e Maio de 2005. O período de referência dos dados, salvo indicação em contrário, é o primeiro trimestre de 2005. Amostra: 6 026 alojamentos familiares de residência principal, a que correspondem 4 298 agregados domésticos com pelo menos um indivíduo com idade entre os 16 e os 74 anos e 9 716 indivíduos nesse âmbito etário).
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