Os media, e em particular a televisão, têm estado no centro da campanha eleitoral italiana. Isso acontece praticamente em todas as campanhas, em grande parte dos países. Mas, num país em que o primeiro ministro é dono ou controla os principais media, a mediatização é potenciada ao extremo. Numa viagem que fiz há umas semanas a Milão, pude verificar que um dos canais do grupo Mediaset transmitia integralmente, logo pela manhã, comícios de Berlusconi, realizados na véspera à noite. Depois do frente-a-frente de anteontem, em que o Cavaliere utilizou a mensagem final, já sem possibilidade de resposta, para anunciar a a intenção de suprimir o imposto na aquisição da primeira habitação, Berlusconi foi ontem obrigado a cancelar um programa em prime time, em que apareceria a solo, precisamente na Mediaset. Em resposta, Berlusconi acusou os seus rivais de centro-esquerda de pretenderem silenciá-lo, argumentando que Prodi também tinha sido convidado a participar, mas que declinara o convite.
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