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O efeito blog - um exemplo


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Nos dias que precederam o jogo Espanha-França a imprensa espanhola insistiu em duas ideias fortes: a selecção nacional francesa estava 'de rastos' e para Zinedine Zidane este seria o jogo da reforma. É neste enquadramento que o diário desportivo Marca publica, no dia do jogo (ontem), a primeira página da esquerda, onde se pode ler: "Se tu tens medo a França tem pânico". O jornal opta por deixar claro um posicionamento tentando, eventualmente, tranquilizar os adeptos da equipa nacional (as chamadas 'favas contadas'). Na sequência da expressiva (e convincente) vitória francesa, o jornal faz, no dia seguinte (hoje), uma primeira página que sinaliza uma retracção quase absoluta. A tomada de posição anterior não está presente em parte alguma e a opção é antes uma de confortar os leitores, sendo que se presume: "todos fomos apanhados de surpresa". O desconforto com a postura do jornal neste assunto - diga-se em abono daquele diário - começa em casa e está à vista de todos, no blog de um dos jornalistas que acompanham o Mundial (Escreve Fernando Carreño: "Bueno, pues nosotros nos hemos pasado casi una semana diciendo que íbamos a jubilar a Zidane. Un Zidane que es un grande, que es un gran campeón, y no nos hemos acordado de que los grandes campeones cuando sacan lo mejor es cuando peor se ven. Y ha pasado lo lógico en estos casos: que ha sido Zidane quien nos ha jubilado a nosotros"). Porquê falar disto agora? Porque o discurso inflamatório pelo qual não se assumem consequências é uma prática de natureza viral que não se restringe a Espanha.


2 resposta(s) para “O efeito blog - um exemplo”

  1. Anonymous Anónimo 

    Os discursos "fanfarr?es" funcionam por vezes como "exorcismo" dos pr?prios medos; uma forma de inebriar e de obter uma auto-confian?a artificial... que, frequentemente, tem um efeito contr?rio ao pretendido.

    E, depois, o que fazer? "Desaparecer por um buraco"? Dar a "m?o ? palmat?ria"? Continuar a procurar "negar a realidade"?

    ? por isso que acho que se devem encarar as coisas de forma realista, sem medos, mas tamb?m sem sobrancerias...

    Abra?o.

  2. Anonymous Anónimo 

    Ol? amigos!
    Aqui no Brasil nossa imprensa, infelizmente, est? com este mesmo discurso inflamat?rio ante o embate entre Brasil e Fran?a. Muitos jornalistas falam como se a vit?ria, e a revanche, estivesse certa.
    Espero eu que n?o paguemos o mesmo pre?o dos espanh?is.
    Abra?os

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