O Provedor do Leitor do Diário de Notícias, José Carlos Abrantes, escreve hoje sobre a necessidade de desenvolver, em Portugal, um projecto de investigação de excelência em Jornalismo (pelo que entendi, à imagem do Project for Excellence in Journalism, do Pew Research Center). Diz José Carlos Abrantes:
"Talvez instituições de prestígio possam compreender que, sem jornalismo de excelência, dificilmente haverá excelência na política, na saúde, na educação, na vida cívica. Porquê? Porque o jornalismo define hoje o essencial da imagem pública de quase todos os aspectos da vida social". A ideia retoma algumas das discussões que a comunidade académica nacional já partilha há alguns anos e tem um conjunto de virtualidades inegável. Tem, naturalmente, também associada uma série de riscos, como o próprio José Carlos Abrantes assinala: "(...) tão difícil por estarmos habituados - de mais - ao funcionamento em capelinhas". Saúda-se, portanto, o retomar da ideia de criação de um maior espírito de comunidade. Saúda-se, sobretudo, a intenção de o fazer sem pensar apenas nos mesmos moldes de sempre, começando e acabando os projectos em espaços que conhecemos bem. Seria injusto que um leitor desatento percebesse nos exemplos que José Carlos Abrantes indica precisamente o contrário do que parece querer sugerir.
Assinalo com prazer o facto de o vosso blogue ter dado relevo ao meu texto de ontem. Mas fico sem entender muito bem onde costumam começar e acabar os projectos ( "Saúda-se, sobretudo, a intenção de o fazer sem pensar apenas nos mesmos moldes de sempre, começando e acabando os projectos em espaços que conhecemos bem.")
Por outro lado também não entendo bem esta frase:
"Seria injusto que um leitor desatento percebesse nos exemplos que José Carlos Abrantes indica precisamente o contrário do que parece querer sugerir."
JCA