Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |



O Sindicato dos Jornalistas lançou um debate em torno da seguinte questão: CONSIDERA ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO TER-SE FORMAÇÃO ACADÉMICA SUPERIOR NA ÁREA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL PARA SE SER JORNALISTA? Quem quiser pode expressar os seus pontos de vista, clicando aqui.

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Depois de uns dias em Santiago, no I Congresso Luso-Galego de Estudos Jornalísticos, eis duas notícias em que alguns leitores poderão estar interessados: - Realiza-se na próxima segunda feira a prova de defesa da tese de mestrado em Estudos Económicos e Sociais da jornalista do DN Elsa Costa e Silva. A tese intitula-se "A concentração da propriedade dos media em Portugal" e os orientadores foram os Professores J. Cadima Ribeiro (da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho) e Helena Sousa (do Instituto de Ciências Sociais da mesma Universidade). A sessão é às 10 horas, na Escola de Economia e Gestão. - Dado que vários dos "blogueiros" deste sitio se interessam pelo estudo da imprensa regional, acaba de ser adquirida para a biblioteca da BGUM a obra "Comunicación Rexional en Europa", de R. Mateo e F. Campos, editada (em galego) pela Lea.

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Even without the Electronic Edition, we'd still be up in all categories: Monday through Friday, Saturday, and Sunday. But the Electronic Edition definitely has helped. São palavras de Toby Usnik, porta-voz da empresa que detem o New York Times. De acordo com uma notícia do Editor and Publisher, os aumentos da circulação do jornal americano também ficam a dever-se à edição electrónica paga, disponível na Internet.

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Os weblogs aproveitam a imediatez da web para comunicar. E são cada vez mais frequentes os relatos de pessoas que, ao assistirem a uma conferência, dão de cara com um blogger que faz o relato, quase em directo, do que se passa na conferência e, ainda mais importante, da sua perspectiva sobre o que está a ser dito. Foi o que aconteceu a uma colunista do The Guardian. Dica de New Media Musings.

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Notícia de algumas realizações próximas: - Nos próximos dias 29 e 30, realiza-se em Santiago de Compostela o I Congresso Luso-Galego de Estudos Jornalísticos sobre o tema «A Investigação e o Ensino do Jornalismo no Espaço Luso-galego». - De 4 a 6 de Novembro tem lugar na Universidade de Aveiro, o II Colóquio Internacional sobre Redes de Comunicação e Cibercidades. - No ISMAI - Instituto Superior da Maia, decorerrá, de 16 a 18 de Novembro, o VII IBERCOM - Encontro Ibero-Americano de Comunicação (IBERCOM), inicialmente programado para Madrid. Mais informações: Dr. Luís Humberto Marcos (luishumbertomarcos@megamail.pt).

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O que determina e prevê o Orçamento de Estado, ontem aprovado na generalidade, sobre a Comunicação Social? O serviço público de rádio e televisão, por um lado, e a imprensa e rádio regionais e locais, por outro, constituem o fulcro das medidas propostas. O texto do OE tem essa informação a pp.83-84. Algumas páginas adiante, pode ver-se que o Governo atribui ao sector 129,4 milhões de euros, mais 23,9 por cento do que em 2002. A seguir com atenção (descobri o sítio do OE graças à ajuda de ContraFactos & Argumentos)

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O relatório do Grupo de Trabalho que estudou o serviço público de televisão está acessível no site do Ministério da Presidência. Como é demorado lá chegar, deixo um link mais directo.

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O matutino francês Le Monde publica hoje um artigo interessante sobre videojogos, com uma entrevista a Lionnel Luca em que aquele deputado propõe uma comissão especializada na classificação dos videojogos, à semelhança do que ocorre com os produtos cinematográficos. Talvez mais interessante seja, no entanto, o debate em torno do contributo dos videojogos, particularmente os mais violentos, na contaminação do olhar adolescente e juvenil sobre o mundo e a vida.

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Temos Provedor do Leitor à vista no Público. É, pelo menos, o que deixa entender o seu director, no final do texto "Back To The Basics", na edição de hoje. Na mesma coluna, anuncia ainda a intenção de reformular o Livro de Estilo do jornal que, além de precisar de revisão, parece estar esgotado. Olhando o panorama português, lanço uma pergunta: quem sugerem para essas funções? Podemos confrontar com o nome que -ao que se diz - já está escolhido.

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O jornalista José Pedro Castanheira fez circular por alguns colegas e amigos o texto da sua intervenção nas Conferências da Arrábida, sobre "O espaço da investigação no jornalismo português". O quadro traçado é desolador. "Os gabinetes de investigação, criados em algumas redacções, desapareceram. (...) o jornalismo de investigação quase passou a ser consequência de rasgos individuais, de iniciativas pontuais. Perdeu grande parte do carácter colectivo, planeado e organizado. Deixou de ser uma aposta estratégica das empresas e direcções editoriais". Tomando como indicador o número de inquéritos efectuados pela PJ, a nível nacional, a partir de processos instaurados aos media entre 1987 e 2001, por alegados abusos da liberdade de imprensa - frequentemente desencadeados pela publicação de trabalhos de invesigação jornalística - os dados que apresenta aquele jornalista são reveladores: em 2000 o número de processos foi um quarto do número registado em 1992-1993. Razões ou factores explicativos para a decadência do jornalismo de investigação: - A tabloidização dos media - Os excessos do «jornalismo justiceiro» - A sobranceria, desprezo e arrogância de algum jornalismo - O recurso a procedimentos e meios pouco ou nada éticos - O «vazamentismo», ou a instrumentalização dos media pelo poder - Concentração da propriedade dos media - Défice acentuado no funcionamento de algumas instituições. O autor explica e exemplifica abundantemente cada um destes pontos.

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Portugal surge em sétima posição (ex-aequo com a Alemanha e a Suècia) no primeiro Índice Mundial da Liberdade de Imprensa que a organização Repórteres Sem Fronteiras acaba de divulgar. Nas primeiras três posições encontram-se a Finlândia, a Islândia e a Noruega, enquanto que nas últimas se posicionam Burma, China e Coreia do Norte. Dois casos a merecer nota: os Estados Unidos da América na 17ª posição e a Itália na 40ª (Berlusconi oblige!).

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Jornalistas espanhóis afirmam que a Internet é indispensável no seu trabalho diário. De acordo com o Estudo sobre o uso da rede nos meios de comunicação, elaborado pelo AccesoGroup, mais de 93% dos jornalistas que participaram no estudo dizm que não podem passar sem a Internet. Analisando os dados obtidos por áreas geográficas, há um dado a reter: na Comunidade Valenciana, 100% dos jornalistas disseram que a rede é imprescindível. Dica de Contra Factos e Argumentos.

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Os media referiram-se, nos últimos dias, a dados relativos a um estudo do INE sobre o uso do tempo pelos portugueses, nomeadamente sobre o tempo de TV. Um dos documentos citados é relacionado com o tempo das crianças. É possível consultar um press release com dados sobre o assunto. Mas quem se der ao trabalho de se registar no Infoline, poderá ter acesso ao doc. na íntegra. Já agora: acaba de ser disponibilizado igualmente o documento com os dados definitivos do Censos 2001: é um instrumento importante para compreender o país que somos e em que os media operam.

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A imprensa regional - seja lá o que isso for (aceitam-se sugestões para uma definição) - vai desiludindo cada vez mais, e fazendo questionar os contribuintes - com alguma legitimidade, reconheço-o cada vez mais, mas o Paulo Ferreira poderá argumentar melhor - da utilidade do dinheiro que é investido no Porte Pago. Vem o intróito a propósito da atitude dos matutinos de Braga - Diário do Minho e Correio do Minho - em relação à cobertura jornalística relativa a uma questão que tem marcado a agenda (do povo e dos outroa jornais - nacionais) na cidade de Braga: a sugestão de erigir uma estátua ao cónego Melo. Tendo o Bloco de Esquerda marcado um jantar (que congregou matizes muito diversos do espectro político-partidário) para manifestar o repúdio pela ideia, que os media (nacionais) destacaram, de acordo com os news values mais ou menos consensuais, o Diário do Minho, propriedade da Igreja Católica e dirigido por um padre, publicou o despacho da Agência Lusa (indisponibilidade de jornalistas, talvez...), enquanto que o Correio do Minho (propriedade da Câmara Municipal até há poucos anos, tendo transitado para as mãos de um empreiteiro, o que é significativo), cujo director (ex-padre) Costa Guimarães, é mais papista que o Papa em relação aos poderes estabelecidos na cidade (o que poderá explicar a sua corcunda cada vez mais acentuada), não consagrou uma única linha à questão, embora lhe tenha dedicado um extenso editorial na véspera, insultando os jornalistas que foram noticiando os desenvolvimentos do caso. São situações como esta (que encontram expressão, em Baga, em outro pasquim, o Ecos de Basto, cujo director é assessor da Câmara de Cabeceiras de Basto, e que publica, no mínimo, meia dúzia de fotos do autarca local em cada edição) que nos fazem lamentar a falta de coragem de Aarons de Carvalho na poda direccionado para ALGUMA imprensa regional. Infelizmente, a imbecilidade não é um exclusivo do distrito de Braga, como se percebe pelo texto de José Ricardo Carvalheiro na BOCC.

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O único jornal independente do Uganda - sim, fica em África, é grande e pobre - o matutino The Monitor, regressou anteontem às bancas - mas não à internet: a homepage do diário está em branco... - após ter sido encerrado compulsivamente por agentes de segurança governamentais, na sequência de uma notícia de primeira página que informava o povo de que um helicóptero do exército teria caído enquanto procurava combater elementos do grupo rebelde Lord's Resistance Army. A deferência governamental para com o diário ocorreu depois da Direcção do The Monitor se ter comprometido a publicar um pedido de desculpa na primeira página. Ficamos a saber, portanto, que no Uganda os helicópteros não caem; por vezes acontece é voarem muito baixinho, como o crocodilo...

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São já conhecidos os vencedores dos terceiros Prémios de Jornalismo Online, promovidos pela Online News Association e pela Columbia Graduate School of Journalism. Os prémios de "General Excellence in Online Journalism" foram para a CNET News.com e para o WashingtonPost.com . A lista completa pode ser consultada aqui.

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Em meados de Setembro último, anunciei a intenção de recorrer aos weblogs como ferramenta de trabalho e como objecto de estudo na disciplina de Jornalismo, que lecciono no Curso de Comunicação Social da Universidade do Minho. É já possível dar conta de um primeiro passo, ainda embrionário, traduzido na criação do weblog "Aula de Jornalismo". O seu arranque teve a mãozinha dedicada e competente da Elisabete Barbosa, que esteve por duas vezes a trabalhar com a turma. O número de alunos inscritos (mais de 60), aliado a um insuficente conhecimento do terreno que estamos a pisar, levou-me, neste ano lectivo, a avançar com cautela e, em função da avaliação a fazer, a aprofundar e enriquecer a experiência em próxima oportunidade. Assim, haverá dois níveis: um weblog geral da cadeira, administrado pelos docentes, que servirá como espaço de informação e plataforma de ligação quer com o ciberspaço mais largo quer, sobretudo - e este é o segundo nível - com weblogs de grupo que os estudantes estão a elaborar. Ao nível dos grupos é que serão publicados os trabalhos dos alunos (com a ressalva de que a cadeira é de iniciação aos estudos jornalísticos e só em dois momentos do programa trabalha algumas bases e noções de escrita jornalística). Ficam assim salvaguardadas, pelo menos parcialmente, algumas recomendações-opiniões dadas oportunamente pelo António Granado, quando anunciei neste weblog o propósito de ir por aqui. Todas as sugestões, críticas e advertências são naturalmente bem-vindas.

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Vale a pena ler o texto de José Pacheco Pereira no Público de hoje. Como acontece com frequência, podemos não concordar, mas devemos-lhe a fecundidade do pensar. O texto intitula-se O Populismo e o Atraso Nacional e nele defende o autor que "o principal elemento da modernidade do populismo dos nossos dias não são nem os temas, nem os métodos, nem as figuras - que quem saiba História reconhece como cópias dos mesmos arquétipos de sempre -, mas a utilização dos meios de comunicação de massas, em particular a televisão, como espelho mágico do mundo".

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O portal da Netcabo dedicado aos media passou a incluir links para os weblogs portugueses Correspondente, Ponto Media, Jornalismo Digital e Jornalismo e Comunicação. Tiro o chapéu (que não uso)! Mas deixo a sugestão de completar, por exemplo, com Factos & Argumentos.

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"Is Great Journalism Compatible With Business?" - perguntava há dias Carl Sullivan na Editor & Publisher (dica de Pedro Fonseca, em Factos & Argumentos). A interrogação refere-se às conclusões de um relatório recentemente publicado pelo Aspen Institute, intitulado "Journalism and Commercial Success: Expanding the Business Case for Quality News and Information".

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E que tal um canal de televisão para a região do Mediterrâneo? De acordo com uma notícia do El País (que fui buscar depois da dica no Público de hoje), a estação espanhola TVE, a italiana RAI e a francesa France 3 andam a pensar nisso. O director da TVE e administradores das outras duas cadeiras de tv reuniram-se, no fim de Setembro, em Valencia para avaliar a possibilidade do projecto que, de acordo com o El País, poderá ter a sua sede precisamente naquela cidade.

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Atrasado, mas ainda a tempo de chamar a atenção para o que diz, na edição de ontem do DN, o colunista João César das Neves sobre o jornalismo e o colunismo. A peça intitula-se "Zoo". O tom é dado logo a abrir: "Aimprensa só pode ser compreendida e interpretada através da aplicação de um teorema fundamental, conhecido como o «Princípio do Jardim Zoológico»".

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Não há como ter certezas e ventilá-las como verdades. O JN de hoje, como de resto outros media por esse mundo fora, faz manchete com o título "Al-Qaeda volta a matar". É verdade que, em letrinha miúda, lá vem o "bemol" que baixa o tom da certeza ("Possível mão de Bin Laden no atentado de Bali"), mas as parangonas é que fazem fé. Não é?

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Mais um weblog que ajuda os novos membros da comunidade a resolverem os problemas com o software. Chama-se Make Blog e reúne algumas dicas interessantes. Algumas mais avançadas como o uso de Flash nos Blogs e um contador. Dica de Blog News, da Flávia Durante.

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No blog E-Periodistas, o professor Ramon Salverría faz uma análise da situação de alguns jornais espanhóis que começaram a cobrar por conteúdos na Internet. A discussão sobre o tema parece estar animada. Mas os resultados não são os melhores: os sites noticiosos que cobram por conteúdos não tiveram o sucesso esperado. A análise completa aqui.

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Apesar das diferentes leituras da escolha de James Carter para Prémio Nobel da Paz 2002 que, pelos vistos, se instalaram entre os membros do comité que fez a atribuição, a "bofetada de luva branca" na política externa de George W. Bush parece evidente. Basta ver que Carter se tornou na individualidade de projecção internacional que fez uma das mais vivas denúncias dessa política externa. O diário El País voltou a disponibilizar no seu site o artigo de Carter - El inquietante nuevo rostro de EE UU - que havia publicado em 12 de Setembro último. Quem escreve assim...

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As autoridades chinesas continuam a dar mostras de pretender controlar o acesso à Internet. O Governo divulgou hoje um normativo que barra o acesso aos cibercafés por parte de menores. Alguns media estatais vinham a preparar o terreno, comentando que esses espaços "envenenam as mentes juvenis" (notícia da C|Net).

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A Directora Geral do Grupo Pearson, Marjorie Scardino, que edita entre outros títulos o "Finantial Times" criticou de uma forma aberta e frontal a falta de audácia dos seus jornalistas, de acordo com uma peça do "Le Monde".

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Uma boa ideia vinda do Brasil: Sérgio Charlab, jornalista e blogger decidiu criar o Professor Blog. Um site onde se explicam coisas práticas para manter um weblog. Por exemplo, como anexar um sistema de comentários, entre outras coisas. Para quem só agora chegou à Blogosfera, vale a pena. Dica de Blog News (outra boa ideia vinda do Brasil).

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Ei, pessoal: por vezes não se sentem apanhados numa vertigem de informação? Vale a pena ler este texto de Dave Shiflett: "News-Flow Mania - The writer gets sucked in by the Internet".

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Encontrei hoje mais um weblog sobre jornalismo. Aborda, de resto, um dos meus temas favoritos, o relacionamento entre jornalistas e público, concretamente a forma como as audiências estão a mudar o futuro das notícias e da informação. Chama-se Hypergene Media Blog. Numa primeira análise paraceu-me bom. A seguir com muita atenção. Dica do JD Lasica.

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"Ler a imprensa" é o título de um texto de Nicolau Santos, publicado ontem no Expresso online. Refere-se ao "ensurdecedor silêncio de um matutino - e à insistente tentativa de um semanário de desvalorizar o caso". O matutino é o DN; o semanário é O Independente. O caso é a cobertura dos negócios da Moderna. É a leitura de uma outra face do nosso jornalismo, a que vale a pena estar atento.

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Era uma vez uma redacção onde o tempo voltava para trás. Teimosa, mais do que travar a entrada do futuro, ia limpando do presente os polimentos da modernidade. Os jornalistas, como antigamente, não tinham carros. Ia-se a pé, corria-se, suava-se pela notícia pelas ruas do burgo antigo. Se não se podia ir, esperava-se que a notícia viesse bater à porta – afinal, trata-se de um regresso a um passado de glória onde o título impunha vénias e altas tiragens. Da província, chegavam as crónicas. Para lá das muralhas da cidade, ia a Lusa. Os jornalistas, como antigamente, não tinham fotocopiadora: copiam as coisas à mão, alguns ficaram gratos pela caligrafia que julgavam perdida. Já estivera mais longe de se ver livre do fax, esse parasita da iniciativa, que trazia a agenda mole e passiva, diante de uma infindável língua de informações. Já conseguia fazê-lo parar, às vezes, sem aviso prévio. O economato nunca chegou a entrar na redacção, mas mesmo aí conseguira algumas vitórias: não havia qualquer tipo de material escrevente, qualquer folha – o jornalismo é uma missão, afinal! Mas a grande, grande batalha ganha foi a que travou contra o digital. Dessa vez, foi paciente: esperou que eles se habituassem. Deixou-os ganhar os vícios dos acomodados, ganharem o costume de chegar e abrir na janela dos computadores (pragas que, infelizmente, ainda não arranjara maneira de extinguir) os jornais dos outros, as notícias de outros mundos, as fontes que tiravam do ecrã sem um telefonema, uma corridinha, uma pinga de suor, uma noite ao relento. Deixou-os entrar na terrível adicção do correio electrónico, nos chats, weblogs, messengers, downlowds, pdfs, jpgs e gifs. Deixou-os sonhar com um site onde toda a gente pudesse ler o seu jornal. Deu-lhes a droga. E depois tirou-lha sem metadona. E riu-se dos cegos viciados, esgravatando com o rato num universo estéril, para sempre fechado para eles, um buraco negro, a porta do mundo inteiro fechada por um servidor mudo. A desculpa: “problemas com o fornecedor de acesso”. Quase um mês de privação dava-lhes um ar simiesco, atarantado. Começaria em breve a crueldade, uma espécie de “Ensaio sobre a cegueira” à escala de uma redacção... E aí, quando os homens e mulheres guedelhudos e babados, de unhas tornadas enormes e curvas pela falta de teclas, atirassem os macintoshes pelas janelas num último assomo de loucura, faria entrar de novo as máquinas de escrever desdentadas e seria finalmente feliz. (Introdução de um romance que ando a escrever. Serve como expiação do desespero e como explicação da minha ausência recente. Qualquer coincidência com a ficção, é pura realidade)

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Um dos autores do OnlineBlog (mantido por jornalistas do suplemento Online do The Guardian) levanta uma questão interessante. Quando os jornalistas sabem uma informações devem publicá-la no weblog? Ou esperar pela publicação no OCS onde trabalham? Os públicos serão diferentes? O artigo conta ainda a estória de um colunista do Times que divulgou notícias no seu weblog, antes de serem publicadas no jornal.

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Perguntar não ofende: que se passa com o célebre relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho que o Conselho de Ministros criou para fazer propostas acerca do serviço público de televisão? Foi entregue há 15 dias ao ministro Morais Sarmento, segundo foi então noticiado. O Público e a Visão tinham lá actuais e antigos colaboradores, mas foi o DN que publicou uns resumos sobre o documento. Depois, uma opaca cortina cobriu o assunto e ele parece ter sido enterrado. Não haja dúvida: os jornalistas estão a ser eficientes a guardar segredo (já não digo sobre o documento - se é que assumiram compromisso de sigilo - mas ao menos sobre o que se está a passar). Depois da "tempestade" da última Primavera, o assunto (e o silêncio) não merecerá ao menos uma explicação aos cidadãos? É, pelo menos, estranho!

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O texto já é antigo mas está em português (do Brasil). O jornal brasileiro Último Segundo traduziu um texto publicado no New York Times sobre a relação entre os jornalistas que mantêm weblogs e os seus editores. Um pedaço: Alguns jornalistas já tiveram problemas com seus empregadores por causa do conteúdo de seus sites pessoais, com um deles - um repórter do The Houston Chronicle - tendo sido demitido. E as companhias de notícias podem estar se abrindo a questões de responsabilidade quando permitem os blogs em seus sites. Dica de TemaBlog

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O Governo espanhol deixou cair o limite de 49 por cento do capital de uma empresa privada de televisão que podia ser controlado por um único accionista, numa deliberação tomada ontem, no Conselho de Ministros. Esta medida, que vem de encontro a uma exigência da associação de TV´s privadas, surge quatro anos depois de o mesmo Governo ter já alterado a barreira dos 25 or cento, passando-a para 49. Citado por El País, o PSOE, principal partido da oposição, considerou que se trata de "un buen ejemplo de una mala política para las libertades, para la pluralidad informativa y para el derecho a la información".

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Segundo o diário Le Monde de hoje, a Comissão Europeia tem em mãos um projecto de limitação da liberdade de expressão. Os jornalistas passariam a ter de conhecer a legislação sobre difamação de cada Estado membro e a responder pela legislação desse país em caso de processo judicial. "Imaginons, par exemple, - diz Le Monde - qu'un journaliste français soit poursuivi par les tribunaux portugais : il pourrait se retrouver, comme récemment l'un de ses confrères lusitanien de L'Espresso, détenu en prison et interrogé de façon musclée pendant plusieurs heures pour "désobéissance" parce qu'il refuse de révéler ses sources." Além de não parecer um exemplo muito lógico, esta do "interrogatório musculado" é que não constou por cá, pois não?

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O Brasil vai votar; quem irá ganhar? Inevitavelmente, a campanha eleitoral brasileira acaba por ter impacto em Portugal. Até o António Granado, que está no Reino Unido, tem sido seduzido por mais de um candidato. Recomendo, sobre este tema, uma deliciosa peça de Carlos Chaparro, que mete a candidatura de Lula, a revista Veja e a campanha promocional que esta revista faz pelo menos na área de São Paulo. Intitula-se Um lula macio e prudente rumo à presidência. Vale a pena ler.

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O Portal Sala de Prensa, na sua mais recente actualização (n.48, Outubro 2002) publica um oportuno dossiê sobre um tema que temos tocado aqui: a formação de jornalistas. Nele se inclui uma entrevista a Hans Ulrich Gumbrecht, intitulada "Qué pueden aportar las Ciencias de la Comunicación a la formación de periodistas?", seguindo-se dois textos oriundos do Brasil: "Adequação do ensino na formação de jornalistas" (Hélio A. Schuch, da Universidade Federal de Santa Catarina) e "Necessidade e vantagens da estruturação de cursos plenos de jornalismo" (Ruben Dargã Holdorf, jornalista e docente numa instituição privada em São Paulo).

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A notícia circulou ontem em órgãos de comunicação social de vários paises (inclusive em Portugal, porque lembro-me de ter lido sobre o tema apesar de não saber onde): as loiras estão a desaparecer. As notícias citavam um estudo da Organização Mundial de Saúde para explicar que mulheres loiras eram cada vez mais raras e em 200 anos desapareceriam. Agora, a OMS veio desmentir a realização de tal estudo. Mais uma vez, os repórteres avançaram com a notícia sem confirmar. Dica de Media News.

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Segundo o Público Última Hora, "o Orçamento de Estado para 2003 propõe que a RTP sofra um processo de 'reorientação' para assegurar a prestação de um serviço público, processo que poderá passar pela criação de um único canal generalista, permanecendo em suspenso o futuro do segundo canal". Uma fonte não identificada do gabinete do ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, lembrou, em declarações à Lusa, que o programa do Governo aponta para apenas um canal e que o Executivo não tem de seguir as propostas do Grupo de Trabalho (GT), que há dias entregou o seu relatório. Ainda segundo a mesma fonte, que a notícia do Público cita, a decisão do Governo "terá também em conta o resultado de um estudo que está a ser realizado para determinar quem vai regular e zelar pelo cumprimento do serviço público de televisão". Repare-se em tudo isto: o GT tinha a possibilidade de auscultar as pessoas que entendesse. Diz que auscultou, mas não se sabe quem. Do Gabinete do ministro diz-se que está a ser realizado um estudo sobre "quem vai regular e zelar pelo cumprimento do serviço público de televisão". Quem está a fazer esse estudo? Com que referenciais? Com que prazos? Que papel deve ter nesse processo o Conselho de Opinião da RTP, um órgão que a lei de TV criou? E a Alta Autoridade? Será que decisões desta envergadura, mesmo que legítimas, podem ser tomadas longe do debate público, no segredo dos gabinetes?

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Walter Annenberg morreu ontem, com 94 anos. Foi, entre muitas outras facetas, o fundador da conhecida Annenberg School for Communication, num trajecto de vida o New York Times apresenta deste modo: "Walter H. Annenberg, the philanthropist, art collector and former ambassador to Britain who at one time presided over a vast communications empire that included TV Guide and The Philadelphia Inquirer, died yesterday in Wynnewood, Pa. He was 94 and had homes there and in Rancho Mirage, Calif.".

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O jornal espanhol El Mundo começou hoje a cobrar por conteúdos sem qualquer aviso prévio. Os internautas que acedam à página do jornal vão ter de pagar para ver os conteúdos do jornal impresso assim como os arquivos. O trabalho feito exclusivamente para a web permanecerá grátis. Dica de E-Media Tidbits.

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A Chasqui - Revista Latinoamericana de Comunicación do Centro Internacional de Estudios Superiores de Comunicación para América Latina (CIESPAL) acaba de editar o seu nº 79 entrando, com ele, nos seus 30 anos de vida. Parcialmente disponível on-line, o número de Setembro inclui, entre outros assuntos, * La fe se puede ver: Juan Pablo II, Superstar, Juliana Fregoso y Felipe Gaytán * El periodismo en tiempos de terrorismo y otros miedos, José Zepeda * Debate presidencial en la TV: ¿ayuda a ganar una elección?, Luis E. Proaño * Periodismo polivalente y convergente: Riesgos y oportunidades para el periodismo audiovisual, José Alberto García Avilés * La nueva geografía de Internet, Francis Pisani

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