'O Primeiro de Janeiro' nega ter despedido três jornalistas Alfredo Mendes, do Diário de Notícias, ouviu a directora de «O Primeiro de Janeiro», Nassalete Miranda, a propósito dos três bloggers do "Diário de um Jornalista" que afirmam ter sido despedidos do jornal. A directora "negou peremptoriamente" os despedimentos e pôs em causa a idoneidade dos visados ao duvidar de que sejam de facto jornalistas, como afirmam, uma vez que não teriam carteira profissional. "Trata-se, esclareceu a directora do diário sediado no Porto, de pessoas «que trabalhavam no departamento comercial, vendedores ou angaria-dores de publicidade. Não despedi ninguém, jornalistas ou colaboradores da redacção», insistiu Nassalete Miranda". «Não há jornalistas comerciais. Nada de confusões» - observou a directora. Ora bem: de tudo o que se sabe até agora, a única coisa que é indesmentível é o que afirma Nassalete Miranda: "Não há jornalistas comerciais". Também parece certo que os despedidos, que afirmam ser detentores de carteira profissional de jornalista, trabalhavam - como jornalistas, afirmaram eles, reiteradamente, no seu blog - em "O Primeiro de Janeiro". Logo, o busílis da questão parece residir aqui: havia (continua a haver?) detentores da carteira profissional de jornalista que foram contratados para o departamento comercial para fazer entrevistas e publi-reportagens. Assumiam-se como "jornalistas". Resta saber se eram contratados por serem titulares da carteira e se esse estatuto de jornalista era utilizado pelos responsáveis do diário na realização dos trabalhos quotidianos. Para efeitos legais, a empresa apenas assume que tinha colaboradores comerciais. Daí o título da peça do "Diário de Notícias" de hoje: "'O Primeiro de Janeiro' nega ter despedido três jornalistas". Claro!
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