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Ipsis Verbis Mário Mesquita, no Público ("Da Censura pela Escassez à Censura da Abundância"):

"Que actualidade possuem, a (quase) trinta anos de distância, as palavras de [José Augusto]Seabra? (...)Mantêm actualidade as referências às formas de censura ligadas ao "plano económico". Em época de concentração da propriedade mediática, essa censura económica tende a acentuar-se, não tanto sob a forma da supressão, mas, sobretudo, através do controlo da agenda mediática, de modo a impor a hegemonia dos temas que correspondem a determinados interesses dominantes (nas empresas e na sociedade) ou, pelo menos, daqueles tópicos que as hierarquias das redacções supõem corresponder a essas estratégias políticas, económicas e sociais. A mudança mais substancial radica na transformação da censura pela escassez, que se operava pelo "corte" do lápis azul, à censura da abundância, que se baseia na permanente difusão de fluxos informativos, em que se confundem informação e ruído, notícias relevantes e eventos de reduzido significado".
Umberto Eco, no DN ("As pessoas são más para a TV"):
"(...) combates de guerrilha semiológica deviam consistir numa série de mensagens cujo efeito entra em acção não na fonte da mensagem, mas sim no seu alvo, induzindo assim as pessoas a discuti-la e a criticá-la em vez de apenas a receberem passivamente. Nos anos 60 esta «táctica de guerrilha» era ainda arcaica na sua concepção e tomou a forma de distribuição de panfletos, organização de «telefórums» ou de alimentar reuniões espontâneas em bares, onde, nesse tempo, a maioria dos italianos ainda se costumava reunir para ver o único aparelho de televisão na vizinhança. Mas o que deu a este fenómeno um tom muito diferente e lhe deu eficácia em Espanha foi a existência da Internet e do telemóvel. Consequentemente estes «combates de guerrilha semiológica» não foram organizados por grupos de elite ou por militantes. Desenvolveram-se espontaneamente, como uma espécie de telégrafo primitivo, comunicação boca a boca dum cidadão para outro. (...) a crise que atingiu o Governo Aznar foi causada por um fluxo imparável de comunicações privadas que assumiu as dimensões de um fenómeno colectivo. As pessoas mobilizadas leram os jornais e viram televisão, mas, ao mesmo tempo, toda a gente comunicava com toda a gente, questionando-se se aquilo que lhes era dito correspondia à verdade."


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