Katrine: apuros dos media no meio da catástrofe "Quem mais precisou de informação foi quem menos a ela teve acesso", escreve hoje o jornal Washington Post, a propósito do acompanhamento noticioso das consequências do furacão Katrine, no sudeste dos Estados Unidos da América. Por sua vez, o New York Times relata depoimentos de vários responsáveis mediáticos, segundo os quais cobrir uma catástrofe desta dimensão está a ser pior do que reportar a guerra no Iraque ou o tsunami de Dezembro, na Ásia. Muitas são as iniciativas de "jornalismo dos cidadãos" quer de blogues quer dos próprios meios de difusão colectiva mais importantes. Mas está visto que, em circunstâncias como as que se desencadearam, primeiro pela destruição do furacão e, depois, quando se pensava que o pior já tinha passado, pela ruptura dos diques e pelas inundações, a mobilidade fica comprometida e a informação não circula. Não há, mais de 48 horas depois, uma ideia do alcance da destruição. E, se o país (e os media) parecem ter sido surpreendidos pela dimensão do problema, o próprio presidente Bush também não escapa às críticas. Segundo o editorial do New York Times, sintomaticamente intitlado Waiting for a Leader, "George W. Bush gave one of the worst speeches of his life yesterday, especially given the level of national distress and the need for words of consolation and wisdom. In what seems to be a ritual in this administration, the president appeared a day later than he was needed. He then read an address of a quality more appropriate for an Arbor Day celebration: a long laundry list of pounds of ice, generators and blankets delivered to the stricken Gulf Coast. He advised the public that anybody who wanted to help should send cash, grinned, and promised that everything would work out in the end." A propósito: tendo em conta a dimensão do caso e as repercussões que ele tem e terá no plano económico internacional, não será que os media portugueses, de um modo geral, têm subvalorizado esta catástrofe? Complemento: Sugiro a leitura deste post do Ireal-TV.
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