Joaquim Fidalgo, no Público: "(...) vejo por aí muita gente que consome os diários gratuitos segundo este padrão: usando-os como um meio de entretenimento para ocupar o tempo livre de uma ida ao café, de uma viagem de autocarro ou de comboio, de uma fila de espera. Já que tem de se estar ali, já que não há nada para fazer, espreita-se o jornalinho - que para o caso até funciona bem, com pouco que ler e muita figura, textos pequenitos, quase tudo historinhas e fait divers. Não há mal nisto, e é até interessante que cada vez mais gente passe esses tempos lendo qualquer coisa em vez de nada. O que já me parece mais discutível é colocar no mesmo plano essas publicações oferecidas de graça por aí (e essencialmente publicitárias) com os jornais diários informativos, aqueles que as pessoas compram para irem sabendo o que de relevante se passa. E mais discutível me parece fazer contas sobre transferências de leitores entre uns e outros, considerando que alguma queda da imprensa generalista se deve à concorrência dos gratuitos. (...)"
Finalmente, algu?m que salienta a tragica falta de qualidade dos ornais gratuitos.
"Finalmente", nao.
Ja antes, no mesmo espaco, Joaquim Fidalgo o havia feito.
E muito antes, em 14 de Janeiro de 2005, j? o Clube de Jornalistas escrevia isto:
http://www.clubedejornalistas.pt/DesktopDefault.aspx?tabid=281
discordo totalmente. percebo que a maioria dos leitores deste blog passem o dia enfiado em redac??es ou gabinetes de universidades recheados de jornais. e que, ali?s, nem se incluam na lista de pessoas que compra jornais todos os dias, tal a facilidade de acesso ? informa??o. conv?m, por isso, referir que a maioria dos leitores dos gratuitos s?o pessoas que, at? ao seu aparecimento, tinham h?bitos de leitura nulos. quem anda nos transportes p?blicos, como ? o meu caso, n?o deixa de ficar surpreendido por ver pessoas maiores de 60 anos, imigrantes e mulheres a ler jornais.