Os tempos não vão fáceis para os media em França (e não só). Depois da pressão do patrão do Libération para a saída do director e fundador Serge July e da greve no Paris Match por alegada presão ministerial para o abandono do respectivo director, a France Culture acaba de anunciar a intenção de retirar da grelha o único programa semanal que analisava os media.
Trata-se do programa 'Le premier pouvoir", da responsabilidade da jornalista Elisabeth Lévy, por sinal um programa de sucesso, do ponto de vista das audiências. Mas que ousou mexer em dossiers escaldantes como (Dieudonné, Gaymard ou Clearstream...) que mexem com poderosíssimos interesses não apenas na sociedade e na vida política e económica francesa.
A justificação do patrão da France Culture para esta decisão é que não deixa de ser significativa. Em declarações prestadas ao site do Nouvel Observateur Le Quotidien novelobs.com explica:
[Une] "émission hebdomadaire sur les médias ne permet pas d?entretenir un rapport rationnel à l?actualité, et se trouve nécessairement prise dans le tourbillon de l?immédiateté (...).Je reconnais que cette émission était très écoutée. (...) Mais l?audience n?est pas le critère essentiel de France-Culture. Notre priorité est la cohérence des programmes et la définition des sujets qui ont de l?importance. Il y a des sujets dont on ne parle jamais: l?économie de la culture, par exemple. Je compte y remédier prochainement."
O site referido interroga-se com notória pertinência: "É possível anaisar e criticar os media nos próprios media?"
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