" (...) Tenho, de há anos, a sensação de que eles [os jornais] vêm ficando cada vez mais parecidos uns com os outros: nos temas em que apostam, no grafismo com que se "refrescam", nos colunistas que fazem rodar entre si, no género de títulos, nas primeiras páginas até. Muitas vezes já me apeteceu fazer uma espécie de jogo às cegas: pegar em páginas ou bocados de jornais, misturá-los todos e pedir depois às pessoas que adivinhassem a que título pertencia cada bocado. Cá para mim, o jogo ia dar muitas confusões bem engraçadas e, nalguns casos, descobertas verdadeiramente surpreendentes... E, no entanto, temos a ideia de que um jornal (uma estação de rádio, um canal de televisão), sem prejuízo das naturais semelhanças de quem se dedica a uma mesma matéria - a informação da actualidade -, é uma "marca", um projecto específico, com o que isso significa de estilo próprio, de escolhas, de perspectivas. De diferença, portanto. (...)". Joaquim Fidalgo, Público, 20.9.2006
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