Recordam-se dos disparos vindos nos últimos anos dos lados da TVI contra quem aludia ao trash do Jornal Nacional? De onde poderia vir a confirmação de que tais críticas se justificavam? Precisamente de quem apresentou esse Jornal até não há muito tempo: Manuela Moura Guedes (MMG). A "dosagem no alinhamento" de crimes e fait divers, abusos de directos, o chafurdar na lama do voyeurisme e da morbidez... está lá tudo, "confessado" por aquela que foi, entretanto, afastada. Melhor, que se afastou, quando percebeu que não a queriam. A entrevista - oito páginas, com honras de capa na Tabú, do Sol - parece mais acto de sinalização de que a jornalista está aí para as curvas: ela, que diz não ter projectos, está disponível para as propostas que possam surgir. Ficam duas notas não particularmente entusiasmantes: - a confissão de MMG de que se dá bem a trabalhar com qualquer orientação editorial - desde o antigo Jornal das Nove, na Dois (com o qual diz identificar-se), passando pelo Telejornal ("mais oficial e institucional"), até chegar ao Jornal Nacional ("rebelde e insolente"). "Adpatei-me e fiz o que me pediram à custa de muita crítica" - diz, relativamente à última etapa. - as referências detalhadas que MMG entende fazer a vários aspectos da sua vida pessoal (sem esquecer, aqui, a curiosidade dos entrevistadores, quando lhe pedem para "definir" uma determinada fase da depressão por que passou). Não sei se a entrevista serve os interesses de MMG. Serve seguramente os do SOL.
Essa senhora ? arrogante e (desde que cante de poleiro) INSOLENTE ! Sao as mulheres e os homens "de mao" do negocio dos media em Portugal ... Ha uma enorme arrogancia e falta gosto pelo que se faz. O dinheiro comanda e vai dai faz-se o que for necessario. O que me espanta eh que ainda se espantem com isto ! As escolas nao tem desmistificado suficientemente este "mundo novo" da CS portuguesa. Ha muita teoria e pouco combate ... E ainda mandam os alunos estagiar com esta gente !!!