É um "sinal dos tempos" a presidência da União Europeia ficar entregue a uma figura como Silvio Berlusconi. Não se pode discutir a legitimidade que tem para as funções que exerce. Mas não se pode igualmente deixar de analisar estes processos que não julgaríamos possíveis há anos atrás. Certamente que essa análise não pode ser feita em termos simplistas. Mas aí está, justamente, uma das facetas da personagem. Ao alimentar este lado provocatório - como seja chamar (indirectamente) nazi, em pleno Parlamento Europeu, a um deputado que o critica, Berlusconi põe a Imprensa europeia a vituperar a figura e não as políticas e os argumentos. Ele sabe como ninguém tirar partido da lógica do show business que alimenta os media. Pensando porventura que estão a criticá-lo, muitos media estão ainda a fazer o seu jogo.
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