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Hoje já não ACONTECE Hoje era o dia em que o programa Acontece deveria ter regressado aos ecrãs. Assim não acontecerá, uma vez que o Acontece ... aconteceu. Ficará para a história da televisão em Portugal. Nunca fui propriamente um assíduo do programa. Via-o de vez em quando. Estimava-o, apesar de achar dele aquilo que acho de vários outros media, maxime no que às actividades culturais diz respeito: Portugal é Lisboa, um poucochinho de Porto e o resto é motivo de interesse “quando o rei faz anos” e nem sempre pelos melhores motivos. Havia no Acontece um pormenor (será pormenor?) que residia no facto de o programa ser apresentado por um jornalista veterano. Os cabelos brancos não são recomendáveis em jornalismo televisivo português. Quer-se gente jovem-adulta, bem parecida, o que só por si, desgraçadamente, não garante nem bom jornalismo nem boa apresentação. Sobre o programa, é para mim evidente que ele é tragado, da pior forma possível, pela vertigem do saneamento financeiro da RTP. Era um programa adequado ao canal? Era. Era um factor distintivo do canal? Parece que sim. Era uma marca de serviço público? Porque não? Era perfeito? Certamente que não A mensagem que a RTP passa: um programa distinto – logo, um programa a abater. (Amarrada ao caso fica ainda a célebre boutade da volta ao mundo do ministro Morais Sarmento, que inquina, de alguma forma, todo o processo). Recorde-se o programa de José Hermano Saraiva que, valendo o que valia ...valia muito para muita gente. Resta temer pelo que virá a acontecer a “Por Outro Lado” (talvez se mantenha por ser barato). Não pode haver programas eternos nem gente insubstituível. Mas, supondo que tinha chegado a hora de mudar radicalmente a natureza do Canal 2, ainda assim, é preciso haver modos na mudança. Supondo que se quer fazer melhor naquilo que o Canal 2 fazia razoavelmente: ainda assim – ou sobretudo aí – é preciso que se mostre o jogo e que se actue com correcção e dignidade. Feitas as coisas do modo que foram feitas – que têm vindo a ser feitas – está-se a reforçar a ideia de que o novel Canal - que ainda não se sabe se será da Sociedade ou do Conhecimento – traz consigo um “downgrading” que é passar de cavalo para burro. Esperemos os próximos meses para ver se temos razão. Pela minha parte, torço para que não tenha.


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